Itagiba (Leonel) Brizola estudou em Porto Alegre - RS, na atual
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Formou-se em Engenharia Civil e
chegou a trabalhar na área por um período, mas seu envolveu com a política que tomava todo o seu tempo.
Em 1945, aos 23 anos, foi um dos fundadores do Partido Trabalhista Brasileiro
(PTB) ao lado de Getulio Vargas e João Goulart.
Em 1946 foi eleito deputado estadual, o que lhe valeu o começo de
uma longa e polêmica carreira política.
Em 1951, disputou a prefeitura de Porto Alegre pela primeira vez,
mas foi derrotado por apenas 1% dos votos.
Em 1954, foi nomeado secretário de estado de obras do RS e, em seguida, se candidatou e foi eleito
deputado federal com a maior votação até então, obtida no Rio Grande do Sul.
Em 1955, disputou novamente a prefeitura de Porto Alegre e ganhou
mais votos que todos os seus concorrentes juntos.
Com uma carreira política de sucesso logo aos 36 anos de idade, Leonel
Brizola, foi eleito governador do Rio Grande do Sul, época em que iniciou um
projeto de construção de seis mil escolas públicas no seu estado.
Brizola com João Goulart
Foi durante seu mandato de governador que o presidente Jânio
Quadros renunciou ao cargo inesperadamente. Seu sucessor legal era o vice, João
Goulart. No entanto, grupos de oposição tentaram impedir que João Goulart - em viagem a China - voltasse ao país e assumisse a presidência.
Foi quando Leonel Brizola liderou a Marcha da Legalidade, que defendeu o direito de João Goulart tomar posse como novo presidente, e o movimento foi vitorioso.
Foi quando Leonel Brizola liderou a Marcha da Legalidade, que defendeu o direito de João Goulart tomar posse como novo presidente, e o movimento foi vitorioso.
Em 1962, Leonel Brizola passou a morar no Rio de Janeiro onde se
elegeu deputado federal, até que em 1964, militares comandaram
o golpe que derrubou o presidente João Goulart, e instalou-se o regime militar
no Brasil.
Ameaçado de prisão, se exilou no Uruguai.
Ameaçado de prisão, se exilou no Uruguai.
Em 1977, o regime militar brasileiro pediu sua expulsão do país
vizinho e foi deportado para os Estados Unidos, onde desenvolveu boas relações.
Brizola de volta do exílio
Em 1978, pediu asilo a Portugal e se juntou a outros exilados até voltar para o Brasil em 1979, graças a Lei da Anistia. Neste mesmo ano, foi um dos fundadores do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e retomou sua vida política no Brasil. Ivete Vargas impediu seu ingresso vinculado aoo PTB.
Em 1982, Leonel Brizola, alcançou um feito ainda não igualado na
história política do Brasil. Foi eleito governador por um estado diferente, o
Rio de Janeiro. Pouco depois, o regime militar finalmente foi extinto, em
1985, e o Brasil voltou a respirar democracia plena.
1989 - Com a volta das eleições diretas para presidente e a
abertura eleitoral para os civis, Brizola se candidatou ao posto máximo da política
brasileira em 1989. Esse pleito teve 22 candidatos a presidente e Brizola foi o terceiro mais votado, ficando atrás de
Collor e Lula, que disputaram o segundo turno. Brizola apoiou Lula, mas
Collor venceu.
1989 - No roteiro de seus comícios, Brasil afora, incluiu Campo Mourão e se fez presente diante de aproximadamente 3 mil pessoas, na praça Getúlio Vargas, esquina da rua Brasil com av. Índio Bandeira, na frente do Ed. Mourão.
Namir Piacentini com Brizola em Campo Mourão
cumprimentado por Augustinho Vecchi
Um dos anfitriões, ligado ao PDT de Campo Mourão e do Paraná, foi Namir Alcides Piacentini.
1990 - Brizola disputou o governo do Rio de Janeiro e se elegeu
pela segunda vez.
Em 1994 tentou, novamente, a eleição para presidente, só que sua
carreira política foi abalada ao apoiar Fernando Collor de Melo, que sofreu
impeachment pelos atos de corrupção revelados em seu governo.
Nos últimos 10 anos, o prestígio de Brizola caiu muito, tanto que sua votação foi insignificante em 1994.
Na eleição seguinte para presidência, foi vice na chapa liderada por Lula, mas Fernando Henrique Cardoso conseguiu a reeleição.
Na eleição seguinte para presidência, foi vice na chapa liderada por Lula, mas Fernando Henrique Cardoso conseguiu a reeleição.
Nesse período, a jornada política de Brizola só colheria derrotas até sua morte. Perdeu nas eleições de 2000 para prefeito do Rio de Janeiro e nas
eleições de 2002 para uma vaga no Senado.
Após os fracassos políticos, Leonel Brizola, continuou na militância do PDT, porém sem notória importância.
Depois de uma viagem a sua fazenda no Uruguai, retornou ao Brasil com infecção intestinal e muito gripado. Apresentava um quadro clínico bastante delicado que o deixou debilitado. Sua situação piorou e o forçou a ser hospitalizado. Exames foram feitos, mas nada de 'anormal' havia sido encontrado. Quando Brizola estava na entrada do elevador para deixar o hospital, sofreu um infarto agudo do miocárdio e ali faleceu, dia 21 de junho de 2004.
Depois de uma viagem a sua fazenda no Uruguai, retornou ao Brasil com infecção intestinal e muito gripado. Apresentava um quadro clínico bastante delicado que o deixou debilitado. Sua situação piorou e o forçou a ser hospitalizado. Exames foram feitos, mas nada de 'anormal' havia sido encontrado. Quando Brizola estava na entrada do elevador para deixar o hospital, sofreu um infarto agudo do miocárdio e ali faleceu, dia 21 de junho de 2004.
“Estou pensando em criar um vergonhódromo
para políticos sem-vergonha, que ao verem a chance de chegar ao poder esquecem
os compromissos com o povo.”
“Todas as crianças deveriam ter direito à
escola, mas para aprender devem estar bem nutridas. Sem a preparação do ser
humano, não há desenvolvimento. A violência é fruto da falta de educação.”
“O amanhecer é o momento mais bonito do
dia, mas, quando ele chega, encontra a maioria das pessoas dormindo.”
“Nossos caminhos são pacíficos, nossos
métodos democráticos, mas se nos tentam impedir só Deus sabe nossa obstinação.”
“Nunca coloquei a Igreja debaixo do braço
para me eleger.”
Esse sujeito (Collor) bate no peito e diz
que "O Estado sou eu". Depois dizem que o Brizola é que é o caudilho.
“Esses pastores querem é estação de rádio
e dinheiro. São adoradores dos bezerros de ouro.”
“Essa reforma ministerial é um balaio de
caranguejos. Uns caranguejos entrando, outros saindo.”
“Venho e volto do campo e os bois são os mesmos: não mudam de
caráter.”
"Sou como uma
planta do deserto. Uma única gota de orvalho é suficiente para me alimentar."
"Em matéria de
necessidade pública, primeiro a gente faz a despesa necessária ao interesse
coletivo e depois, a receita."
"Eu amo a Justiça Eleitoral. Mas não estou tranqüilo com a informatização." (urna eletrônica).
"Eu amo a Justiça Eleitoral. Mas não estou tranqüilo com a informatização." (urna eletrônica).
Candidatos em 89
A eleição presidencial brasileira de 1989 foi realizada em 15 de novembro,
sendo a 25ª eleição presidencial do
Brasil, na qual concorreram 22
candidatos. Seriam 23 se Silvio Santos não fosse trapalhão. Os candidatos abaixo estão pela ordem de votação da maior a menor:
20 – Fernando Collor de Mello –
PRN.
13 – Luís Inácio Lula da Silva –
PT
12 – Leonel Brizola – PDT
45 – Mário Covas – PSDB
11 – Paulo Maluf – PDS
22 – Guilherme Afif Domingos – PL
15 – Ulysses Guimarães – PMDB
23 – Roberto Freire – PCB
25 – Aureliano Chaves – PFL
51 – Ronaldo Caiado – PSD
14 – Affonso Camargo – PTB
56 – Enéas Ferreira Carneiro –
PRONA
42 – José Alcides Marronzinho –
PSP
54 – Paulo Gontijo – PP
27 – Lívia Maria de Abreu – PN
55 – Eudes Mattar – PLP
43 – Fernando Gabeira – PV
33 – Celso Brant – PMN
16 – Antônio Pedreira – PPB
57 – Manuel Horta – PDC do B
26 – Armando Corrêa – PMB
Leonel Brizola – PDT 12: foi o terceiro colocado no pleito de 1989, dentre 22 candidatos. Fernando Collor de Mello venceu e depois foi impichado.
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