05/06/2016

Bang-bang em Campo Mourão Anos 50

 
Entre os anos de 1940/60, Campo Mourão/PR, que compreendia a extensa região do sertão entre os rios Piquiri e Ivaí, foi marcada por muito derramamento de sangue na guerra dos posseiros contra os jagunços e grileiros de terra, em nome da ganância.

Instituto Santa Cruz e a Casa do Padre

Surra no palco e prisão na rua.
Narrativa de Aimèe filha de Delbos Zola

1944 – "Algumas casas estavam em construção em volta da praça. Mas tinha uma que não acabava nunca, perto da residência do médico Delbos, onde depois foi ocupada pela escolinha isolada, prefeitura e câmara. Tudo junto, apertadinho.
Em meados de 44 chegou  um pequeno grupo teatral de mambembes, da Companhia Maria e Vovô do Norte. Pediram licença a Francisco Albuquerque e se instalaram na tal interminável ‘construção’. Tinha paredes e assoalho, mas não tinha cobertura.
Anunciaram o espetáculo e a região toda veio assistir. Encheu de gente ávida por novidades, pois raramente acontecia diversão em Campo Mourão. A avenida (só tinha uma) e a praça ficaram rodeadas de cavalos encilhados, carroças e de famílias inteiras, bem vestidas, para a rara ocasião... as moças perfumadas com água de cheiro e a maioria das pessoas curiosa porque nunca viram representação teatral.

Surra de artista em Campo Mourão

À noite começou o show a luz de velas e lampiões. O povo sentado em bancos, a maioria em pé, outros encostados nas paredes. Também tinha gente de pescoço esticado, assistindo la fora.

A dupla, Maria e Vovô do Norte, abriu a sessão com xaxados e cantorias nordestinas, alegres, ao som de viola e pandeiro. 
Tinha um número em que Vovô do Norte deitava no chão, os ajudantes punham uma pedrona sobre o peito dele, a Maria (bem gordinha) subia em cima, cantava, pulava e sapateava sobre a pedra. Era demonstração de força e resistência de quem estava por baixo.
Outro quadro mostrava um casal briguento, que acabava com Vovô do Norte a surrar Maria, pra valer... os gritos dela eram de dor mesmo, não era nada de ceninha de artista. Foi uuuma suurra daquelas... brigaram de verdade!!

Na segunda noite chegou seu Basílio Conde – um temido pistoleiro – compadre do meu pai (Delbos). Trouxe a família na carroça para ver o teatro. Estava armado com dois 38, um de cada lado, na cinta. Conde matou uns desafetos, andava foragido e tinha mandado de prisão contra ele. Mesmo assim veio até a pequena vila de Campo Mourão.

No meio da curiosa multidão estava o Delegado, também armado. Quando o avistou, sacou seu revolver e foi até ele e lhe deu voz de prisão. Conde, com uma filhinha no colo ao lado da sua mulher e dos outros filhos, todos menores,  estava na porta da construção de madeira do teatrinho e disse que não ia se render."Você só me pega se me matar, caboclo véio"!!

O delegado gritou: "deixa de papeação Conde... Me dá a criança e as armas... Você está preso!!"
A multidão se afastou... Formou tipo uma meia-lua e olhava a cena meio de longe, mas o Conde resistia, negava a se entregar.

Sem ninguém esperar os dois começaram a atirar... pula pra cá... pula pra lá... e foi aquele sururu e uns gritavam: deitaaa... deitemm no chão. Deitaram na poeira... até eu, de barriga... para escapar das balas... e fedeu pólvora queimada.

O Conde, escondido do lado da casa, negaceava (sondava) o delegado... chamou  Delbos e lhe entregou a criança. 
O médico pegou a menininha e pediu, calmamente, que ele (Conde) se rendesse e assim evitaria mortes. Ele falou alguma coisa ao meu pai, meio baixinho, não deu para entender e jogou as armas no chão poeirento, ergueu as mãos acima da cabeça, de chapelão, e se entregou... foi levado e trancado naquela cadeia velha da rua Araruna, onde só ficava preso quem queria. Não tinha segurança nenhuma. As portas e janelas de madeira, com selas de trancar com tramela, e grades de curtos cabos de vassoura.

 
Primeira cadeia de Campo Mourão - 1940 

Nisso chamaram meu pai (médico) pra socorrer uma professora desmaiada, caída no chão entre os bancos, parecia morta. 
Ele a examinou, viu que respirava, apalpou e percebeu que ela estava com algo muito apertado e fundo na cintura, coisa de tirar o fôlego. Ele puxou, rasgou... arrebentou aquela peça de roupa e sentou a professora que, aos poucos, se recuperou, respirando fundo. 

O que ele arrebentou?
Foi o cadarço da calcinha dela que ele arrancou junto e jogou fora. 
Dona Aimèe, esposa de Delbos, viu  a moça naquele estado, correu até a casa dela e trouxe uma nova para a gordinha professora que lecionava no km 23.

Depois desse entrevero e deste incidente, novamente  acenderam os lampiões, as velas... Mas Maria e Vovô do Norte, com sua equipe, sumiram na escuridão e nunca mais tivemos notícias deles... escafederam.

O povaréu decepcionado, esparramou e, aos poucos, foi embora bem tarde da noite, e o seu Conde preso naquela espelunca.
Meu pai entregou a criança à mãe que, chamou os filhos para cima da carroça, tocou e sumiu na escuridão, rumo a sua casa que ficava entre a Venda Branca e Peabiru", concluiu Aimèe.
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Narrativa de Silvestre Stanisziweski:
‘Eu vi a morte do Octávio Rocha na frente do Hotel Brasil quando eu subia a Rua Araruna. Levava meus filhos ao antigo Instituto Santa Cruz, que ficava ao lado da Igreja de São José. 
Também cheguei quase na hora no dia que o Gaspar Negreiro e o filho Antoninho balearam o Dr. Elias Xavier do Rego, em frente da Inspetoria de Terras (hoje Sanepar), em plena luz do dia, na poeirenta Capitão Índio Bandeira. Estavam construindo o Hotel Bandeirantes (do Augusto Cavalcante) quase na esquina da R. Santa Catarina e um carpinteiro, trepado na escada, foi atingido com um dos tiros, no pé. Caiu e saiu pulando igual saci e gritando igual doido. Bala quando não mata queima, sabia?
Esses tiroteios aconteciam de dia, com sol quente. Era cena de filme de bang-bang mesmo. De longe você via a fumacinha da pólvora dos tiros e, uns segundinhos depois, escutava os estampidos.”  
A novidade do dia, nessa época, era quando não morria ninguém.


Deorque Nogueira  baleado:
"Eu vinha pela Avenida Capitão Índio Bandeira, em direção ao Bradesco, passava calmamente em frente a Farmácia Likes,  escutei uns tiros e senti alguma coisa queimar o dedão do meu pé direito. Assustei, dei um pulo de dor.
Vi um alvoroço em frente a Quitanda Avenida, um pouco pra lá da esquina... lá estava um homem caído no chão e um soldado que saiu meio correndo, de revolver na mão. Uma bala perdida furou meu sapato e acertou meu dedão. 
Entrei mancando,  medicar meu pé na farmácia  e  logo se espalhou a notícia que o soldado Rocha tinha uma encrenca antiga com o Santão (pistoleiro) e ao passar por ali viu seu desafeto. O Rocha sacou, atirou e matou o Santão.


Tiro pelas costas

Ines Poleski era, ainda, uma menina agarrada ao pai e conta hoje que, “na foto da Quitanda Avenida pode-se notar que tem uma porta antes da Casa Aliança. É onde ficava o Bar do Rei da Caipirinha, do meu pai Afonso Poleski. Foi ali, quando o  Santão saiu da quitanda, comendo um caqui,  que ele levou tiro pelas costas e caiu morto. Acredite, eu ouvi e vi tudo, Me lembro como se fosse hoje. Foi assustador ver um homem daquele tamanho, morrer assim!!

Rubens Luis Sartori conta...


"Eu estava no início de minha advocacia, com escritório no primeiro andar do prédio próximo do local. Ouvi os tiros e fiquei olhando a correria pela janela. Tinha um morto na calçada cheio de gente curiosa em volta. 
Não demorou muito encostou ali, uma camioneta com carroceria de madeira; vi que pegaram o corpo do Santão (ele era gordo) pelas pernas e pelos braços, balançaram o corpo inerte e o jogaram na carroceria, igual quem pega um porco, e o levaram à Delegacia."  contou o promotor Rubens Luiz Sartori, o advogado trovador.

A imagem pode conter: 2 pessoas, incluindo Pedro Donadel, pessoas sorrindo, pessoas tocando instrumentos musicais  
Pedro Donadel (Pedrão) e sua esposa Cleuza

Pedro Donadel - “Minha irmã e eu 'trabalhava' no Hospital do Dr. Garcia, atrás da Casas Pernambucanas. Nesse dia dei uma saída e por acaso passei bem na hora que o Rocha matou o Santo Ribeiro (Santão) em frente da Quitanda Avenida do seu Kadota. Soubemos que um irmão do soldado foi morto pelo pistoleiro da Sinop (Ubiratã), capanga do Marins Bello que era o feitor de lá. No encontro inesperado,  o Rocha de arma em punho não deu tempo do desafeto puxar a sua. Ouvi vários tiros e vi aquele homem de chapelão, dois revolveres 38 na cintura, como sempre -  era gordo, grandão - cair  estrebuchando na calçada, vomitando caqui, quase na porta do Bar do Afonso, enquanto o Rocha foi embora apressado”, comentou Pedro Donadel, que acrescentou: “O Santão era pistoleiro profissional, matava por dinheiro, vizinho de muro da minha irmã enfermeira, e às vezes ela arrumava uns remédios para a mulher e os filhinhos dele. Não era de todo ruim porque ele sempre agradecia e havia prometido dar a ela um saco de feijão colhido no seu sítio, mas morreu antes.
No velório do vizinho baleado ela estava lá, e por volta da meia-noite escutou um barulho de chuva, tipo granizo miúdo, pipocando sobre o telhado. Olhou pela janela e não viu nada de chuva. No dia seguinte, terra seca - ela contou que - ao passar por ali, no chão, viu que tinha  feijão espalhado”.
Afinal foi chuva de quê: água ou feijão? -Seria o feijão prometido pelo Santão?.. 
Aí não sei meu caro. O quê que você acha? - arrematou Pedrão. 


 Jorge  Fernandes de Moraes conta que"O então Delegado, Capitão Bompeixe, mandou transferir o soldado Rocha para Peabiru. O soldado não gostou da transferência. Foi até a casa do seu chefe e quando esse saiu na janela e perguntou o que era?, Rocha disparou dois tiros, mas o delegado foi rápido, se abaixou e se safou com vida, mas não revidou. Rocha correu pensando que tinha acertado seu comandante. Engano fatal.
Em seguida Bompeixe telefonou à delegacia e ordenou ao sargento Agenor e dois soldados – um me lembro que era Hugo – prender o Rocha". 
"Ele já estava meio alterado (bêbado) quando chegou aqui em nosso bar ... era noite avançada... falava que matou o Bompeixe”, revela seu Jorge, dono do famoso Bar Aparecida. 
“Eram duas horas da madrugada, por aí. O Rocha estava sentado ali naquela mesinha (aponta o fundo do bar), de costas, longe das portas de entrada que davam para a rua. 
Tomava cerveja quando a patrulha chegou. O sargento deu voz de prisão. O Rocha se levantou, se apoiou na mesinha de vagar, de costas pras portas, se aprumou e já se virou atirando. Baleou o sargento, que morreu na hora, bem na soleira do bar. Os soldados , de trás das paredes, negacearam e acertaram vários tiros no Rocha, que veio cambaleando, tentando se agarrar em alguma coisa e caiu estatelado no chão, bem aqui no fim do balcão. Levaram ele ainda vivo, mas morreu no hospital”, mostra o local da queda, perto da copa de preparar os salgadinhos. 
“Nesse tiroteio só estava aqui de plantão o balconista Antonio, que ficou duro de medo. Depois ganhou o apelido de Rocha... Rochinha. O menino tremia igual vara verde!! - É gente muito boa!! - Hoje ele tem a Churrascaria do Rocha, mas esse sobrenome não é dele. É uma lembrança do soldado morto”, detalha seu Jorge, proprietário do lendário Bar Aparecida, que ficava em frente ao edifício Antares, no coração de Campo Mourão.

Conta Amélia Hruschka:
"Sabe...  entre 1950/60 Campo Mourão era um farvestão melhor que filme americano. Era tudo ao vivo, real e a cores. Matavam muito, todo dia, pelos matos e até na cidade. 
Uma das vítimas desse bang-bang mourãoense foi o pai de uma amiga minha. Mataram ele dentro de uma churrascaria. Pedi ao meu pai se deixava eu ir no velório com ela?! Ele não deixou, de jeito nenhum. É que acreditava que nesses velórios de gente 'matada' dava muitos bandidos que marcavam as pessoas (testemunhas) e depois as matavam" - (queima de arquivo).
Tinha um tal de Pedro Cândido (Candinho) que matou até a própria mulher. Esse pistoleiro era piolho de velório. Ele atocaiava (se escondia) no caminho que a pessoa passava, e matava a traição (pelas costas). 
Á noite ele ia no velório só pra escutar os comentários e ouvir se alguém falava da 'coragem' e da 'fama' dele. Era sádico.
Uma certa manhã, 10 horas mais ou menos, eu ouvi que mataram um tal de Dutra (não o soldado, esse era outro), na rua Araruna, pouco abaixo do antigo Hotel Brasil, da minha querida amiga Dalva. Não sei porque cargas d'água, me chamaram a fim de cuidar do corpo ali estendido no pó... sol quente demais. Era verão bravo!
Campo Mourão não tinha funerária. Pedi ajuda, pegamos o homem todo melecado de sangue misturado com poeira e o tiramos do meio da rua... levamos pra uma casa ali perto. 
Eu estava tirando aquele roupa imunda dele, e parei na cueca samba-canção. Pedi que algum homem a tirasse... pra mulher não pegava bem fazer isso, sabe?. 
A casa lotou de curiosos e parentes... sei lá quem eram!! Mas ninguém quis tirar a cueca do falecido.
Aí chamei um policial presente, apelei para autoridade dele, e ele me ajudou. Dei banho de corpo inteiro, numa bacia grande de zinco. A água ficou mais cor de sangue e mingau de pó, do que água. 
Dei dois banhos de sabão, no morto, pra ficar quase  bem limpo. Pedi e me deram uma camisa e uma calça... vesti ele (sem cueca), descalço e o pusemos em cima de uma mesa de madeira, esticadão. 
Tinha vários balaços pelo corpo e um tiro no meio da testa, que não parava de verter sangue. Entupi o buraco com algodão, mas não estancava. Então peguei uns palitos de fósforo e calquei bem o algodão, com os tocos de palito, tipo uma rolha... daí parou... fazer o quê?
Arrumei o velório e fui pra casa preparar almoço. 
Nem comentei nada com meu marido (Alfonso Hruschka). 
Estávamos comendo... eu usava uma aliança larga, de ouro, cravejada de diamantes, presente de casamento -naquele tempo podia, né? -Não tinha assaltantes como hoje!.. rindo.
Fui dar uma ajeitada na aliança, que estava meio virada, cutucando o dedo vizinho, olhei e vi...(écaa)... estava cheia de sangue encalacrado, assim por baixo das pedrinhas de diamante, sabe?.. disfarcei... abaixei a mão, esfreguei a aliança e limpei no vestido, em cima da coxa... olhei de novo, estava limpinha, brilhava e continuei almoçando! O Alfonso nunca soube desse caso", concluiu  dona Amelinha.
No pé do ouvido
"Veja só como era brava a coisa. 
Um outro dia fui procurar a Lucila Traple, que era sócia da boutique A Triunfal, do Beno Nadolne, na Irmãos Pereira, ao lado do Armarinhos Continental. Em frente da loja vi uma vaga. Estava manobrando meu fusca vermelho... tinha um carro preto na frente e um jeep/60, cinza, atrás. O Celso e a Greice eram pequenos e estavam sentadinhos no banco traseiro... aí ouvi uns tiros bem pertinho de mim, quase no meu ouvido esquerdo... olhei e vi um tal de Manézinho do Pinhalzinho (Janiópolis) com o revólver na mão, fumegando. -Atirou e matou o rapaz que estava sentado no jeep... morreu na hora, ferido na cabeça, de cara sobre o volante, naquela sanguera!
Rapidinho juntou gente por ali. Teve alguém que me disse: -some daqui dona, senão vai sobrar pra senhora! 
- Me mandei e até esqueci o que eu tinha pra falar com a Lucila"... risos.
"Mas  meu caro, entre 1950 e 1960 isso parecia normal em Campo Mourão. Teve um mês de dezembro, entre o Natal e Ano Novo, que ocorreram mais de vinte mortes  seguidinhas,  por facadas e tiros, só na cidade. No mato não sei".
"Em 1950/51, quando a gente vinha com papai e amigas minhas de Londrina, em direção à nossa fazenda de café em Goioerê, eu falava pras meninas: agora todo mundo se abaixa... estamos passando por Campo Mourão!! 
Elas se encolhiam, assustadas, e perguntavam: porr quêê isso Améélinha?? 
E, eu dizia: é por causa dos tiros. Aqui sai bala pra todo lado, toda hora!!

Rouba Moça - "Por falar em Goioerê daquele tempo, era um lugar perigoso pras moças. Não havia mulher e os homens, a maioria jagunços e pistoleiros solitários, invadiam as casas, os ranchos... e sequestravam - a cavalo - todas mulheres, moças e meninas que encontravam. Levavam pra servir as necessidades caseiras deles, mas se alguém se opunha, mesmo pai ou mãe delas, eles matavam sem dó". "Não existia policia no lugar e o inspetor de quarteirão (autoridade leiga e civil tipo xerife), não se atrevia encarar os bandoleiros". "Por esta razão papai nos trouxe morar em Campo Mourão e não lá em Goioerê." explicou Amelinha.


Valkiria Turci relembra...

Uma destas mortes citadas pela dona Amelinha, minha família testemunhou.
Corria o ano de 1956. Era noite de Natal pouco antes da Missa do Galo na igreja de São José. Uma família do Barreiro das Frutas subia pela Rua Brasil em direção à igreja e, justamente, quando passava em frente à nossa casa (Casa Guairá) um homem a cavalo disparou vários tiros no pai da família, que morreu ali mesmo, na rua.
 
Casa Guaíra na Rua Brasil de Campo Mourão

Nós dormíamos atrás, no fundo da casa, e acordamos com o barulho dos estampidos e  vozes do povo que acorreu ao local. Mas papai (Antonio Toledo Silveira) não deixou minhas irmãs Dorinha,  Verinha e nem eu, sair dos quartos para ver o acontecido, porque poderia sair mais tiros e era perigoso, conforme ele nos alertou.
Naquele tempo, fatos como este, eram comuns em Campo Mourão. Alguns fregueses da Casa Guairá, enquanto faziam compras, comentavam e contavam muitas ocorrências entre posseiros de terra e jagunços e, que, por trás sempre tinha um ‘coronel’ rico e mandante, que só aparecia quando escriturava e registrava o lote em seu nome.

"Moço, coloca aí 'The End', igual dos filmes de bang- bang, tá?!"... pediu sorrindo dona Amélinha.


 
A História de um homem mau 
com Roberto Carlos em início de carreira

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