19/12/2019

* Ninguém é Substituível ?! - wibaju

Sim. Ninguém substitui ninguém. Cada ser é único.
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Na sala vip de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores... e eu assistindo.
Agita as mãos, mostra gráficos... olha nos olhos de cada um e ameaça: "Ninguém é insubstituível. Todos aqui são substituíveis" afirma convicto de que pode mandar embora qualquer colaborador, a qualquer hora e substituí-lo imediatamente.
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio sepulcral, sem encontrar eco na plateia.
Os gestores se entreolham, alguns temerosos abaixam a cabeça como que aceitando a sentença do superior.
Quem?
Mas de repente, um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido: 

- Alguma pergunta? - indaga em tom de deboche.

- Tenho sim doutor... E Beethoven?

- Como? - o encara o diretor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?

Silêncio… entre olhares curiosos e ouvidos atentos e o funcionário “atrevido” fala: 
- Ouvi essa história esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, mas no fundo, continuam pensando que os profissionais são simples peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar e pronto! - Então, pergunto e vou mais além: quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Paulo Autran? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Carlos Drummond de Andrade? Albert Einstein? Picasso? Salvador Dali? Mozart e tantos outros gênios?
O rapaz fez uma pausa, ninguém falou nada, então continuou:
- Todos esses talentos que marcaram a história mundial fizeram o que gostavam e o que sabiam e, portanto, mostraram que são sim, insubstituíveis.

Doutor, não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe; em focar no brilho de seus pontos fortes e não gastar energia em reparar seus erros ou deficiências, com ameaças?

Nova pausa geral, todo mundo quieto,  então prosseguiu: 

- Acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se BEETHOVEN era SURDO, se PICASSO era INSTÁVEL, CAYMMI PREGUIÇOSO, KENNEDY EGOCÊNTRICO, ELVIS PARANÓICO… O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultantes de seus talentos. 
Mas cabe aos líderes de uma organização, como a nossa, mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços, em descobrir os PONTOS FORTES DE CADA MEMBRO. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

E o rapaz continuou.

- Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de técnico de futebol, que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas, ou Albert Einstein por ter notas baixas na escola, ou Beethoven por ser surdo. E na gestão deste gerente, o mundo teria PERDIDO todos esses talentos.

Nunca me esqueço quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outra morada'... Dedé, ao iniciar o programa seguinte, entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos: NINGUÉM, pois nosso Zaca não é substituível!

O silêncio foi total, seguido de aplausos.


Conclusão:
 

Nunca esqueça: CADA UM DE NÓS É UM TALENTO ÚNICO! -Pergunte à sua esposa, seus filhos e amigos se o substituiriam? - Com toda certeza ninguém te SUBSTITUIRÁ! Nem tua sombra.
***

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