17/05/2019

* Andorinhas atração em Campo Mourão


 
Andorinhas da Áustria de Strauss 
Ouça enquanto lê. Relaxa

Em 2017, Um olhar mais detido e observador já deve ter notado que, desde o início de janeiro, após quase 3 décadas, as Andorinhas estão de volta a Campo Mourão - PR, com suas encantadoras e misteriosas revoadas nos finais de tarde, até o anoitecer, sobre o canteiro central da Av. Índio Bandeira, entre as ruas Mato Grosso e Santa Catarina, onde repousam e alçam voo no clarear do dia seguinte, em mais um belo espetáculo da Mãe Natureza.

Diz a lenda que as Andorinhas onde pousam, trazem prosperidade à cidade e à sua gente que elas escolhem, não por acaso.
Esta é a segunda vez que elas querem descansar e fazer morada em Campo Mourão e, certamente, esperam ser bem acolhidas, defendidas e protegidas pelas famílias mourãoenses que, juntas e unidas, fazem acontecer coisas boas, tais quais estas indefesas companheiras avezinhas.
O show de habilidade, coordenação, o voo elegante e sincronizado das ágeis Andorinhas é mais uma atração turística em Campo Mourão, no Centro Oeste do Paraná.
Entre 1970 e 1990 elas pousavam na praça Getúlio Vargas e foram 'expulsas' com foguetes e rojões, porque, dizem, prejudicavam os táxis e os negócios comerciais noturnos dos 'quiosques' espalhados pelo centro da cidade.

 
Andorinhas retornam a Campo Mourão depois de 30 anos

As Andorinhas no Mundo ^o^

No significado místico, a andorinha simboliza a esperança, a boa sorte, o amor, a fertilidade, a luz, a ressurreição, a pureza, a primavera, a metamorfose e a renovação.
Na China, representa a fertilidade associada ao retorno das andorinhas junto a estação da primavera. Muitas lendas chinesas estão relacionadas a simbologia da fecundidade dessas aves. Um exemplo é a história de Mãe Hien-Ti que ingeriu muitos ovinhos de andorinha e gerou Confúcio, "o sábio filho da andorinha".

Na Mitologia Grega, a andorinha simboliza o eterno retorno e a ressurreição, de forma que Ísis, a deusa da maternidade, da fertilidade e da natureza, esposa de Osíris e mãe de Hórus, transformava-se em andorinha à noite, voa ao redor do sarcófago de Osíris e chora, eternamente, a sua morte, pois o amava demais.
No Mali, a andorinha simboliza a pureza e a manifestação de Faro, senhor das águas, da palavra e da pureza associada à fertilidade da terra e da mulher. A andorinha recolhe o sangue das vítimas oferecidas nos sacrifícios a Faro, e o leva até os céus, de onde retorna em forma de chuva.
A Andorinha é uma ave migratória monogâmica – de um único parceiro – a vida toda, razão pela qual está associada ao amor. Conhecida por "ave da partida e do regresso", possui uma característica notável: migra no inverno e retorna no verão ao mesmo local e, muitas vezes, ao mesmo ninho. Viaja por quilômetros, nos seus deslocamentos, em busca de clima quente,  alimento e perpetuação da bela especie. 
As migrações das andorinhas nos remetem ao conceito do símbolo do Yin Yang, baseado nesse ritmo sazonal: no inverno (yin) elas se refugiam, enquanto no verão (yang) elas saem a voar em bandos. Nesse sentido, essa ave simboliza as situações cíclicas, a metamorfose, a renovação, a esperança e o renascer. 
Tatuagens - A tatuagem inspirada na andorinha foi uma das primeiras a se popularizar. Eram comuns entre os marinheiros nas primeiras décadas do século XX. No entender dos marinheiros, a andorinha simboliza a boa sorte, pois avistá-la representa a proximidade de terra firme. Além disso, acreditam que quando um marinheiro morre em alto mar, sua alma é levada para o céu pelas andorinhas, símbolos vivos da luz e da transformação da vida nos planos material e espiritual.
Chuva – acredita-se que o voo rasante da andorinha é prenúncio de chuva forte, que se aproxima a quilômetros de distância. A formação de chuva e a pressão atmosférica ‘empurra’ os insetos para baixo, alimento preferido das andorinhas, daí a crendice que ela ‘anuncia’ tempestade com bastante antecedência. Uma andorinha, em pleno voo, consegue 'caçar' mais de mil insetos por dia, o que as alimenta e beneficia a produção rural no mundo inteiro.

"É melhor prevenir do que remediar"
"Sozinhos não Somos Ninguém"

Agora já estamos no ano 2019

Merecem a simpatia universal pela sua alegria, seu pipilar carinhoso, pelas curvas caprichosas que desenham no ar com seus vôos elegantes altos ou rasantes e, sobretudo, porque são as arautas cantantes da Primavera, do amanhecer e do anoitecer, chova ou faça sol.
Existem no mundo, aproximadamente, 80 espécies de andorinhas que medem cerca de 13 cm, em média, e vivem de oito a nove anos. Alimentam-se de insetos que capturam com o bico aberto, durante o voo. 
Quando elas sobrevoam rios e lagos e fazem riscos na água, com seus bicos, não estão anunciando chuva e, sim, se alimentando e saciando a sede. 
Desde que iniciam seus revoares matinais, raramente pousam e só descansam à noite quando regressam de suas longas jornadas de sobre-vida. Considerando que se alimentam exclusivamente de insetos é importante alertar que o uso de inseticidas pode mata-las ou causar prejuízo na vida dessa espécie tão linda e tão útil, ‘amiga dos agricultores’.

Em Campo Mourão/PR as andorinhas são de cor azul escura no dorso e sobre as asas, peito acinzentado claro, envergadura de pequeno porte, asas longas e pontiagudas, cauda bifurcada em forma de flecha, bico e patas curtas de cor preta. 
Preferem dormir em árvores da praça Getulio Vargas e da avenida Índio Bandeira, áreas mais centrais e bem iluminadas (com tênue calor) da cidade. 
Seus movimentos suaves e sincronizados atraem a atenção das pessoas, principalmente da população flutuante maravilhada que fica, com o breve espetáculo que as delicadas avezinhas proporcionam sob o céu mourãoense.  


 
A cada segundo, um novo desenho no céu de Campo Mourão. 

Antes de alçar voo se agrupam, se 'ajeitam' (as penas) e 'conversam'  equilibradas nos fios da rede elétrica e em antigas antenas altas de captação de sinal de TV. Parece combinarem o plano de voo do dia e, silenciosamente, logo desaparecem no azul infinito. 
No cair da tarde, voltam aos poucos e se preparam para o aninhamento noturno nos galhos das árvores copadas. A medida que o bando aumenta elas descrevem imensos círculos e parecem comandadas por um líder. Repentinamente fecham as asas e despencam do céu, um grupo de cada vez, a pique e super velozes, igual diminutos misseis, em direção aos seus lugares de pernoite. Esse espetáculo dura pouco tempo, tal qual a revoada matinal, mas vale a pena ser visto.


Andorinhas descansam em Campo Mourão

Os ninhos das andorinhas são, comumente, feitos com barro, restos vegetais secos e saliva própria. Via de regra são fixados, caprichosamente, em escarpas, pedreiras e barrancos altos. Também em árvores, estábulos, barracões, garagens, sob pontes, túneis, barragens e em zonas rurais de pouca presença do homem, o único animal que elas temem.
O mesmo ninho é usado durante anos seguidos, pois, quando chega o Inverno as andorinhas migram para lugares quentes, mas depois que passa a estação fria retornam para o mesmo ninho que haviam deixado antes de partirem. São anunciadoras da Primavera, tempo de reprodução, de continuidade da vida em toda Natureza.

O nome andorinha (do latim hirŭndo -dĭnis; hirondina) é de um grupo da família Hirundinidae. Destaca-se dos demais pássaros pelas adaptações desenvolvidas para a alimentação aérea. Voam cerca de 500 quilômetros a luz do sol.

As fêmeas fazem uma postura média de quatro ovos azulados, chocados durante 25 dias. Pode-se dizer que as andorinhas são muito família" tendo em  vista que  o casal divide as responsabilidades de chocar os ovos e alimentar os filhotes. Macho e fêmea vivem "unidos e fiéis entre si"  até o fim de suas existências. O 'viúvo' ou a 'viúva' passam a viver no celibato, até a morte, quando acaba a parceria do casal.  


A andorinha do Ártico consegue voar até 2,8 milhões de quilômetros durante sua vida  
Andorinha do Ártico

Um pássaro da espécie Andorinha do Ártico, de apenas cem gramas, voltou a uma ilha da costa da Inglaterra após viajar mais de 96 mil quilômetros, completando assim o voo migratório mais longo já registrado. As informações são da revista norte-americana Time. 
Durante sua curta vida, um pássaro é capaz de voar quase 3 milhões de quilômetros, o equivalente a quatro viagens de ida e volta até a lua. "Para um pássaro que pesa menos que um iPhone, é um feito incrível", disse o pesquisador Chris Redfern.

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Quadrinhas das Andorinhas
Waldyr dos Santos
Lá se vão as andorinhas
Buscando novo verão
Batendo as ágeis asinhas
Sob as cores da imensidão.
^^  ^^ 
No bico de uma andorinha
que viaja rumo ao sul
mandei-te uma cartinha,
com laços de fita azul.

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A MORTE DE UMA ANDORINHA
Rui Palmela

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As imagens são  dignas de nota. O fotógrafo estava lá!
 Elas traduzem todos os sentimentos de uma simples ave que vê outra caída no chão e se aproxima para observar.

Imagem relacionada   
      Talvez num gesto de intuição, essa ave chama o companheiro já sem vida, permanece sempre por perto o dia todo, sem temer  quem se aproximava. 

Resultado de imagem para a morte de uma andorinha 
Dado momento cantou alto, num tom triste. 
O homem imaginou que ela implorava ajuda.
  
 Imagem relacionada  
Voou até ao corpinho inerte. Tentou levantá-lo, mas não conseguiu. O homem entendeu. Foi ao meio da rua, retirou a ave morta do chão e a colocou no gramado macio do canteiro isolado, ao lado da rua, sem perigo de ser esmagada pelo trânsito.

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Ela, desolada, tudo observou. Pareceu agradecer e aos poucos se afastou. Voou e nunca mais voltou.


"As fotos dizem quanta verdade existiu neste momento de dor e respeito por um companheiro que se foi e nem se despediu. 
E ainda tem gente que fala: "animais não têm alma". Esqueceram que Alma é Vida, é Sentimento. É sopro de Deus.
O homem, dito racional, é que já perdeu a sua preciosa alma, pela forma como  maltrata a Natureza e dizima, sem coração,  milhões de seres vegetais e animais da Divina  Criação". 

O Homem e a Andorinha 
Esta fábula de Esopo é talvez, ao mesmo tempo, a mais conhecida e desconhecida pela maioria dos estudiosos da cultura grega, expandida pelo mundo todo. Ainda assim ela é tão certa que nós conhecemos uma expressão idiomática que surgiu dela e a aplicamos em diversas situações em nossas vidas, principalmente entre empreendedores e em nossas empresas. Elas comprovam que o mundo é uma cooperativa, onde todos devemos nos dar as mãos para vencer. No caso delas: as asas. 
"Certa vez um homem gastou toda sua fortuna e não tinha nada mais que as roupas no corpo. Estava em desespero quando avistou uma desorientada e solitária Andorinha que voava com dificuldade numa triste manhã fria de Inverno.
Ele, quase congelado pensou, precipitadamente, que a Primavera estava no seu início e vendeu o único casaco que o agasalhava, pois acreditou que a temperatura iria subir, mas o clima ficou muito mais frio na manhã seguinte, ao ponto de matar a andorinha de tão intenso. 
Quando o homem, quase paralisado pela baixa temperatura, avistou a andorinha morta, ele esbravejou: por culpa de você, sua enganadora, vou morrer pelado e congelado, também.
Moral da história:
Para quem não sabia, é desta fábula que surgiu a frase que se tornou universalmente célebre: Uma andorinha sozinha, não faz o verão .

Em outras palavras, não podemos julgar fatos isolados que se antepõe contra nós. Temos que ir a luta, de cara e procurarmos saídas antes que um mal maior nos aconteça.


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Galeria de Fotos

 Andorinhas no céu de Campo Mourão




Ninho de Andorinha na zona rual de Campo Mourão

 
Imagens Net

 
Macho e fêmea: ele mais esbelto, ela fofinha
 

 
Andorinhas encantam Campo Mourão  
 
 
Andorinha um item a mais nas belezas de Campo Mourão

 
São bem vindas no mundo todo, a séculos.
Sua chegada prenuncia a Primavera e
o renascer da Vida.

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Em Portugal é conhecida por Andorinha dos Beirais.
Aqui fazendo ninho debaixo da telha goiva.

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A Natureza  é pura e limpa, até o bicho humano chegar.
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Um comentário:

  1. Muito lindo e inspirador este artigo.
    Desejo muita prosperidade, em todos os sentidos a Campo Mourão.

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