Domingo, 26 de setembro de 1971,
5:30h, ocorreu a maior catástrofe em Campo Mourão, que durou poucos segundos, suficientes para arrasar os telhados.
A cidade dormia e foi atingida pela
mais forte tempestade na história do município com o povo acordando apavorado
sem saber o que estava acontecendo. Ainda era noite, madrugada escura, acabou a
energia elétrica e a iluminação.
A chuva de granizo graúdo e vento
avassalador arrasou Campo Mourão. Em menos de cinco minutos os telhados de
todas as casas, empresas, escolas, prédios públicos e religiosos estavam 99%
destruídos.
A maior parte da população perdeu todos os móveis. Choveu o dia todo e residências ficaram inundadas porque as coberturas ruíram.
A maior parte da população perdeu todos os móveis. Choveu o dia todo e residências ficaram inundadas porque as coberturas ruíram.
Muitas pedras de gelo, algumas
maiores que ovos de galinhas, também quebraram vidraças e danificaram a lataria
de veículos. A força das pedras foi tão grande que além de quebrar as telhas,
furavam os finos forros de madeira. A maioria das pessoas se protegeu debaixo
de mesas e dentro de guarda roupas.
O Prefeito Horácio Amaral declarou “estado de calamidade pública”.
O Prefeito Horácio Amaral declarou “estado de calamidade pública”.
As aulas ficaram suspensas por vários
dias. Os hospitais foram atingidos. Não houve registro de mortes a não ser de
pequenos animais e algumas andorinhas que pousavam na praça.
Os quintais e jardins que eram verdes ficaram inteiramente brancos, cobertos pelo granizo que caiu em profusão.
Campo Mourão não contava com Corpo de Bombeiros e a população recorreu à prefeitura para cobrir as residências com encerados, material utilizado para cobrir as cargas nos caminhões.
Também faltou telha no comércio local e o município precisou comprar em cidades vizinhas como Maringá, onde o prefeito foi pessoalmente e quase enfartou na estrada. Em sua companhia estava Irajá Messias.
Os quintais e jardins que eram verdes ficaram inteiramente brancos, cobertos pelo granizo que caiu em profusão.
Campo Mourão não contava com Corpo de Bombeiros e a população recorreu à prefeitura para cobrir as residências com encerados, material utilizado para cobrir as cargas nos caminhões.
Também faltou telha no comércio local e o município precisou comprar em cidades vizinhas como Maringá, onde o prefeito foi pessoalmente e quase enfartou na estrada. Em sua companhia estava Irajá Messias.
Campo Mourão recebeu doações emergenciais de vários municípios brasileiros e dezenas de caminhões circularam pelas ruas da cidade, carregados, oferecendo telhas a preço de ouro.
Uma prefeitura, com ajuda do seu povo, que socorreu Campo Mourão, se destacou pela quantidade de alimentos enviados. Foi Panambi e, em reconhecimento e agradecimento ao nobre gesto, uma das ruas recebeu o nome da cidade gaúcha.
Campo Mourão demorou cerca de seis meses para se recuperar do susto e dos prejuízos.
O granizo forma-se a partir de uma nuvem
muito específica que recebe o nome de cumulonimbus (nuvens acumuladas), a qual costuma aparecer nas áreas tropicais e quentes. Essa nuvem tem como
característica o fato de ela ser muito alta no sentido horizontal, com cerca de
1600 metros da base até o ponto mais alto.
Quando essa nuvem forma-se na
atmosfera em temperaturas extremamente baixas, a precipitação da água, ou parte
dela, acontece na forma de bolas de gelo, que chamamos de granizo. Isso
acontece pela rápida mudança de estado físico da água: de gasoso para sólido.
O maior problema refere-se aos danos causados, tais como: prejuízos materiais em casas, carros e outros. Mas, por via das dúvidas, quando
você perceber que está começando a chover granizo, é melhor procurar um local
seguro para abrigar-se.
Cumulonimbus são facilmente visíveis
quando viajamos de avião
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