Campo Mourão, de tempos em tempos, teve
e tem personagens curiosas que se tornaram folclóricas pelo modo
diferenciado de agir.
O primeiro que conheci foi o
mudo Emílio, enteado da família Albuquerque, estava sempre atrás de amigos e casamento. Morreu solteiro. Tinha um só dente de ouro
(presa esquerda). Chapelão desabado na cabeça, bota velha de cano curto, andava arcado,
com passos cansados e as duas mãos seguras atras, na altura do bumbum. Lhe faltavam dois
dedos da mão esquerda, devido ao estouro
de uma ‘cabeça de negro’ que ele segurou e acendeu com um tição.
Depois conheci o Abel Sem Rima,
um mestiço de barba rala, pele cor de cuia, que quando normal estava bêbado e a
troco de uma cachacinha declamava ‘versos’ sem pé nem cabeça.
"Eu vi a morte pescando
na beira do rio do Campo.
Quando a morte pesca, sô!
não sobra nem lambari".
Seu ponto, o dia todo, era no Bar Estrela, na esquina da Av Irmãos Pereira x Rua Brasil. Morava só, em um ranchinho beira chão onde hoje está a Seicho-no-ie. Era calmo e não ria de nada. Quando subia ou descia a rua, ia cantarolando tipo índio. Uma embolada só.
Anos depois surgiu o Orlandinho, ex-goleiro da Portuguesa Santista – SP que gostava de ser prestativo aos advogados e até auxiliava na busca e entrada de processos no Fórum quando estava sóbrio (ele se dizia e acreditava ser advogado). Bebia muito, mas estava sempre de roupa limpa, barba feita e cabelos penteados. Seu assunto preferido era futebol.
Mais recentemente havia o Vardo (O Sujinho). Sempre descalço e maltrapilho correndo, sem rumo, pelas ruas da cidade e dos bairros. De trecho em trecho batia palmas em frente alguma casa, aleatoriamente, e pedia café. Nunca o ouvi, pedir água ou comida. Quando parava, era de supetão, tempo que ele catava pedrinhas da rua e as jogava para dentro dos quintais. Vez ou outra uma alma boa lhe dava um banho. Morreu no Centro de Convivência de Mamborê.
"Eu vi a morte pescando
na beira do rio do Campo.
Quando a morte pesca, sô!
não sobra nem lambari".
Seu ponto, o dia todo, era no Bar Estrela, na esquina da Av Irmãos Pereira x Rua Brasil. Morava só, em um ranchinho beira chão onde hoje está a Seicho-no-ie. Era calmo e não ria de nada. Quando subia ou descia a rua, ia cantarolando tipo índio. Uma embolada só.
Anos depois surgiu o Orlandinho, ex-goleiro da Portuguesa Santista – SP que gostava de ser prestativo aos advogados e até auxiliava na busca e entrada de processos no Fórum quando estava sóbrio (ele se dizia e acreditava ser advogado). Bebia muito, mas estava sempre de roupa limpa, barba feita e cabelos penteados. Seu assunto preferido era futebol.
Mais recentemente havia o Vardo (O Sujinho). Sempre descalço e maltrapilho correndo, sem rumo, pelas ruas da cidade e dos bairros. De trecho em trecho batia palmas em frente alguma casa, aleatoriamente, e pedia café. Nunca o ouvi, pedir água ou comida. Quando parava, era de supetão, tempo que ele catava pedrinhas da rua e as jogava para dentro dos quintais. Vez ou outra uma alma boa lhe dava um banho. Morreu no Centro de Convivência de Mamborê.
Muitos ex-atletas lembram-se do
Macuco. Era massagista de quase todos os times de futebol amador de Campo
Mourão. Gostava de acompanhar as delegações em jogos fora, principalmente nos
Jogos Abertos do Paraná e era a diversão das delegações. Não levava nada a sério. Quem cuidou muito do carioca e sambista Macuco foi a dona Julia Tavela Borges do cartório do Pitico. Macuco é nome de rua no Jd Tropical II.
Udério Vanzini, catarinense de Caçador - SC, acumulou vários processos no Fórum de Campo Mourão no tempo dos jagunços. Conhecido como o último
pistoleiro, era de poucos amigos. Cara fechada. Já idoso, vendia espetinhos de carne assada numa mini-churrasqueira de brasas, na calçada frente a Quitanda Avenida (Likes). O Dr.
Aymar Soares de Souza Lima (advogado) ao lado do Correio, o acolheu até os últimos dias da sua vida.
Outro que ficou na história foi
o Antonio Pamonheiro. Rodava a cidade e os bairros, pedalando calmamente
sua bicileta, com uma cesta coberta por um pano, e gritava: Olhaaa a paamonhaa !!...
Táa quentinha !! Além das pamonhas doces e salgadas, vendia um delicioso bolo de
milho. A matéria prima ele não negava: ‘cato nas roças, é mais gostoso e de graça’.
Certa vez ele foi preso. Estava ensacando
espigas de milho verde perto da Usina, em propriedade alheia. Um cidadão de camionete branca
parou e perguntou: ‘já catou tudo que precisa?”. Ele respondeu que sim. ‘Então
joga o saco e a bicicleta aí atrás... te levo pra cidade”. Antonio fez isso, entrou
na cabine e vieram. O 'bondoso' cidadão parou em frente da delegacia e mandou
prender o ‘pamonheiro’ acusando-o de ladrão. O motorista era o dono da roça.
Atualmente temos o Anfitrião oficial de Campo Mourão, Magnum Alves, homem de baixa estatura, sorridente, impecavelmente trajado, que faz questão de recepcionar visitantes famosos e manter contatos com pessoas
importantes da cidade. Exige ser fotografado ao lado delas. 'Gosto de provar o
que faço e com quem estive’, diz ele.
Tempo bom que não volta mais... Caracol ou Amarelinha,
estimulava o equilíbrio e iniciação à matemática.
Olá, você teria mais alguma informação sobre o senhor uderio Vanzini? Se o senhor puder me contactar neste número ficarei agradecida (69) 993353621
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ResponderExcluirAlguém poderia dar me mais informações sobre este Vardo (O Sujinho) alguém da família esposa e filhos¿
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