Na
década de 40/50, vez ou outra pousava, no campo de aviação de Campo Mourão, um avião monomotor (Curtiss) do
Correio Aéreo Nacional, pilotado pelo coronel aviador da Força Aérea Brasileira
- FAB, Geraldo Guia de Aquino (foto).
Na bagagem, trazia correspondências, revistas, jornais (datas atrasadas) e projetava filmes da época na descampada praça da futura cidade em seu nascedouro, na qual demonstrava interesse em adquirir terra e por aqui se fixar ao final da sua carreira militar, incentivado pelo seu colega Cap. Renato Romeiro Pinto de Mello e pelo safrista e líder comunitário, Francisco Ferreira Albuquerque (Tio Chico) que já estavam em Campo Mourão. Cap Renato em terra titulada, doada pelos Teodoro e Custódio de Oliveira, em Cruzeiro do Oeste - PR e dono de empresa de transporte coletivo, linha Campo Mourão/Maringá - Expresso do Campo. Francisco Albuquerque tinha casa de comércio na vila e cultivo de café na Fazenda Figueira, entre Terra Boa e Engenheiro Beltrão, além de safrista de suínos.
Na bagagem, trazia correspondências, revistas, jornais (datas atrasadas) e projetava filmes da época na descampada praça da futura cidade em seu nascedouro, na qual demonstrava interesse em adquirir terra e por aqui se fixar ao final da sua carreira militar, incentivado pelo seu colega Cap. Renato Romeiro Pinto de Mello e pelo safrista e líder comunitário, Francisco Ferreira Albuquerque (Tio Chico) que já estavam em Campo Mourão. Cap Renato em terra titulada, doada pelos Teodoro e Custódio de Oliveira, em Cruzeiro do Oeste - PR e dono de empresa de transporte coletivo, linha Campo Mourão/Maringá - Expresso do Campo. Francisco Albuquerque tinha casa de comércio na vila e cultivo de café na Fazenda Figueira, entre Terra Boa e Engenheiro Beltrão, além de safrista de suínos.
Campo do Gavião - Aviões
como este Curtiss e outros do mesmo porte começaram a pousar em Campo Mourão depois que as turmas
voluntárias orientadas por João Rodrigues Monteiro (João Bento) explanaram o
terreno onde ainda está a pista do Aeroporto Municipal 'Cel. Geraldo Guia de Aquino'.
Curiosidade - Quando chegava uma aeronave, avistada de longe pelo barulho, a população, ainda reduzida, corria a pé ou a cavalo até o aeroporto para ver de perto e tocar nos aviões. Os pilotos eram considerados heróis, de muita coragem por voar naqueles teco-tecos que tinham a vantagem de serem leves e que, quando falhava o motor, planavam demoradamente no ar, o que, salvo gravidade maior, dava um tempo ao aviador para escolher onde aterrizar ou cair sem morrer.
Curiosidade - Quando chegava uma aeronave, avistada de longe pelo barulho, a população, ainda reduzida, corria a pé ou a cavalo até o aeroporto para ver de perto e tocar nos aviões. Os pilotos eram considerados heróis, de muita coragem por voar naqueles teco-tecos que tinham a vantagem de serem leves e que, quando falhava o motor, planavam demoradamente no ar, o que, salvo gravidade maior, dava um tempo ao aviador para escolher onde aterrizar ou cair sem morrer.
As pessoas, em mutirão, fizeram derrubadas e destocas no machado,
enxadão e aplainaram a terra com enxadas e rastelos. Francisco Albuquerque (Tio
Chico), dono do único caminhão da época, levava a turma pela manhã e a tarde
buscava. Antes de retornar á cidade, com o pessoal todo na carroceria do seu
Ford-F8 para aumentar o peso, rodava e fazia vários vai-vem sobre a pista a fim de
firmar (socar) a terra fofa e poeirenta.
O local ficou conhecido por
Campo do Gavião, tendo em vista a existência dessa ave em quantidade por ali.
Era de cor branca, com cauda e asas escuras nas bordas (pontas), que pairava no ar batendo as
asas, passarinhando por vários minutos a procura de caça (ratos, cobras,
lagartixas). Localizava a presa, embicava, dava um rasante veloz e raramente
errava o bote. Hoje em dia, as vezes, um gavião branco solitário é avistado na
região do seu antigo habitat natural. Os pioneiros supersticiosos acreditavam que onde o gavião pairasse, batendo as asas, na casa mais próxima abaixo dele, era sinal que alguém dali iria morrer, mas esta crendice nunca foi comprovada.
Muita gente ia ver, em pé ou sentados na terra o tempo todo, pois não tinha bancos. Com medo de pegar fogo no lençol, atrás ficava um piá com balde de água e umedecia o pano chapiscando água com os dedos das mãos até terminar a sessão. No fim o Cel Aquino o compensava com uma moeda amarela do tempo do Cruzeiro.
As
apresentações ao ar livre se renovavam, sempre com novidades
cinematográficas, uma vez por mês, tempo da volta do Correio Aéreo Nacional.
Antes do aeroporto de Campo Mourão, os aviões (teco-teco) aterrizavam nas ruas e avenidas sem postes ou na praça, mesmo quando foi terraplenada e virou campo de futebol e de aviação.
Antes do aeroporto de Campo Mourão, os aviões (teco-teco) aterrizavam nas ruas e avenidas sem postes ou na praça, mesmo quando foi terraplenada e virou campo de futebol e de aviação.
Cap Renato de Mello, Cel Ghia de Aquino, Francisco Albuquerque, Elias Xavier do Rego,
Mr Forrest e Belim Carollo - inspeção da FAB no aeroporto de Campo Mourão - 27-07-1947
Cel Aquino realizou o teste de voo no primeiro avião feito no Brasil,
o Muniz M-7, em 1935.
Destinado ao treinamento primário de pilotos, Muniz M-7 foi o primeiro modelo fabricado em série no Brasil. Em 1934 o major do Exército, Guedes Muniz, decidiu projetar uma aeronave leve de dois lugares para treinamento: um monomotor potente, biplano, com estrutura de madeira.
Ler e ver os primórdios nos engrandece.
ResponderExcluirBom saber que gostou. Nossa História é muito rica. Tentamos resgatá-la, com auxílio e incentivo das pessoas amigas. Grande abraço !!
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