Farinheira do Seu Léo
Texto: Silvia Rita
Glinski Sefrin
Foto: Antonio Botelho Dos Santos Netto
A foto abaixo é de 1969 em Campo Mourão, na Av. Comendador Norberto Marcondes 2125, esquina com a então Rua Muquilão (hoje Peabiru) retrata a Fabrica de Farinha de Milho, ainda com a placa da velha sociedade com os Irmãos Staniziewski, Stan Gli Ltda.
A foto abaixo é de 1969 em Campo Mourão, na Av. Comendador Norberto Marcondes 2125, esquina com a então Rua Muquilão (hoje Peabiru) retrata a Fabrica de Farinha de Milho, ainda com a placa da velha sociedade com os Irmãos Staniziewski, Stan Gli Ltda.
A carreta era de Poços de Caldas –
MG. Esta é uma das quatro que vinham, todo mês, comprar e transportar milho da
cerealista de Léo Glinski, para Minas Gerais.
Eu sou a menina sentada em cima da
carga ao lado do Joaquim, logo na frente o meu pai Leonardo Glinski, segurando a
chaleira do chimarrão.
Desse
time que na época eram chamados de "os saqueiros" eu lembro de um por
um. Ali ao meu lado era o Joaquim - o
moinheiro - ele era quem triturava o milho molhado para fazer o fubá para o
Ari (em pé atrás de mim) fazer a torrefação (os bijus), o mesmo Ari que depois
saiu da Farinheira e foi ser caminhoneiro do João Pessa (da Brahma).
Infelizmente morreu queimado num acidente na estrada quando o caminhão pegou
fogo. Foi muito feio.
Aquele
que está nos fundos, entre eu e o Joaquim, é o Pedro, que morava em uma das
casas dos Zagoto que trabalhava no Sergio Lisa, nos fundos da farinheira. Eu
era muito amiga das filhas dele, tínhamos a mesma idade.
E aquele de chapéu, o moreno, era o Mato Grosso, esse tinha história, mas morreu assassinado. Morava na Rua das Palmeiras (Av. Nelson Bittencourt Prado) na época que lá era o "um inferno". Era uma pessoa sensacional, tinha um respeito que causava grande orgulho em meu pai e em todos que trabalhavam ali com ele.
E aquele de chapéu, o moreno, era o Mato Grosso, esse tinha história, mas morreu assassinado. Morava na Rua das Palmeiras (Av. Nelson Bittencourt Prado) na época que lá era o "um inferno". Era uma pessoa sensacional, tinha um respeito que causava grande orgulho em meu pai e em todos que trabalhavam ali com ele.
Dos
que estão em terra, eles eram os motoristas "mineiros", cada um vinha com uma carreta
Scania Vabis uma vez por mês carregar cereais para levar de Campo Mourão para Minas Gerais,
mais especificamente para Poços de Caldas.
Se
conseguíssemos ampliar essa foto, na janela quadriculada do lado direito, ali está o seu Mario Sagrillo "sondando" o fotógrafo para que não saísse a sua
imagem. Foi ele
que me ajudou a subir na carga, mas exigiu que o fotógrafo esperasse ele se
esconder.
O outro que ficou vigiando, aparece meio que de lado na fresta entre
a carreta e a porta, rindo do seu Mário, pai de Izidoro
Sagrillo, Mariazuleide, Rosangela, Rosely e
da Mary.
Elio
Brisola Maciel Meu falecido
pai Elói Maciel, comprava farelo de milho e claro a deliciosa farinha de milho.
Eu ia junto, enquanto tomavam chimarrão e "papeavam" eu comia a
farinha que saia quentinha da chapa.
Antonio
Botelho Dos Santos Netto Vocês não sabem... Mas eu Antônio quando adolescente trabalhei empacotando
farinha com o seu Léo. Eu Gostava de comer aquela farinha
torrada na hora, ou depois comer misturada com leite. Sempre acompanhava o meu
pai até a farinheira e o cachorro Tutu também não perdia viagem. Bons tempos da
Farinheira do amigo Léo Glinski.
Wille Nesse entorno, no final dos anos 60, na virada rumo a 70, parecia que ia
surgir uma Cidade Industrial por aquelas bandas. Tinha duas com a Farinheira do seu Léo, a Máquina
de Arroz dos Gorri, tinha o Ginásio, o Estádio, o DER, o armazém de seu Licínio
e outro do pai da Edina (hoje Carreira), tinha Posto de Gasolina dos Boiko
e outros investimentos só nesse meio. Essa foto traz muitas lembranças e só ela
em si, tem uma história bonita do pioneirismo e amizades mourãoenses. É uma
relíquia sem preço.
Antonio Botelho Dos Santos Netto - Tinha
também as Madeireiras. A madeireira Lisa ficava a menos de 100 m da Farinheira.
Wille - Era a Rua das Indústrias (atual av João Vecchi) além
da Lisa vinha a Madeireira Slompinho (meu primeiro emprego 1962) e a Serraria
do Maione & Belizário e logo ali adiante uma cafeeira. Pouco abaixo da Mad Lisa (hoje Viação Mourãoense) na estradinha para Farol tinha a Serraria do Chafic Simão.
Silvia Rita Glinski Sefrin - Delícia
que era brincar naqueles montes de serragens,.. muitas vezes o morro era
tão grande que chegava a beira do Rio do Campo, local onde hoje está saindo o
loteamento onde era a granja do seu Ricardo Zaleski, pai de Eugenio Ricardo Zaleski, que também tem
postado fotos do "progresso" que hoje desperta as imagens adormecidas de nossas
infâncias e juventude!
Mas voltando àquela Rua das Indústrias . . .
Muita gente boa morava por ali! Pessoal que fazia catequese no Lar Paraná, na Igreja antiga, que tinha as grandes festas pró-construção da Paróquia Nossa Senhora do Caravágio . . . E vai por ai afora, e as lembranças ficaram em nossas memórias!
Muita gente boa morava por ali! Pessoal que fazia catequese no Lar Paraná, na Igreja antiga, que tinha as grandes festas pró-construção da Paróquia Nossa Senhora do Caravágio . . . E vai por ai afora, e as lembranças ficaram em nossas memórias!
A gente só tem Saudade do que um dia amamos! Boas lembranças fazem muito bem para o nosso ego, hoje um pouco prejudicado pelo progresso conturbado e pelas agruras da vida!
Wille - Mas sempre é tempo de ser
feliz, até mesmo olhando uma foto antiga feita por acaso em um certo clic da
Vida, tal qual esta simplicidade de um barracão de madeira construído na
confiança de um fio de bigode acertado entre Afonso Stanziewski e Léo Glinski,
pioneiros que muito investiram por acreditarem no desenvolvimento de Campo
Mourão. Deixaram um exemplar legado aos seus filhos e filhas, principalmente o empreendedorismo, a educação e a humildade.

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Obs: texto extraído de um bate-papo casual no Facebook
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