06/12/2018

Francisco Pereira Coutinho origem dos Pereira


O primeiro Pereira no Brasil

 

Era filho de Afonso Pereira e de sua segunda mulher, Catarina Coutinho, nascido no Condado de Marialva - PT.

Casou com Margarida Pereira de Lacerda, filha de Reimão Pereira de Lacerda e de Isabel Pereira.

Capitão - militar de carreira - que era, serviu em possessões da coroa portuguesa na África, na Índia e no Brasil. Participou a frente de muitos combates, com invejável arrojo e coragem.

Em função das suas rudes experiências e empenho na expansão dos domínios portugueses na África e Índia, tornou-se exemplo de obstinação e rigidez, sem muita disciplina, o que lhe valeu o apelido de ‘Rusticão’.

Foi Capitão de Goa desde 27 de janeiro de 1521; membro do Conselho de João III e obteve, em 5 de abril de 1531, a doação da Capitania da Baía de Todos os Santos, no Brasil, sendo um dos donatários entre os quais foi dividido o Brasil na primeira tentativa de colonização.
Mas, Pereira Coutinho, veio e tomou posse somente em 1536 e ali fundou o Arraial do Pereira, sua residência, nas imediações onde hoje está a Ladeira da Barra, em Salvador - BA. 
Os colonos o ajudaram a fundar uma povoação, a Vila Pereira; desbravaram a terra e fizeram cultivo da cana açucareira com grande êxito. Em pouco tempo já havia 2 engenhos em plena produção. Na época decidiram plantar tabaco e algodão além da cana doce, que aumentou a renda da povoação que progredia a olhos vistos.

Durante alguns anos tudo correu muito bem na capitania de Pereira Coutinho. A maioria dos seus colonos casou com índias catequizadas sob consentimento dos caciques, abençoados por padres jesuítas e constituíram numerosas famílias de caboclos.

Os primeiros conflitos ocorreram contra nativos que se recusavam a aceitar as ordens do Capitão e provocaram revoltas. Não se submetiam à escravidão e nem aceitavam trabalhar para os cunhados colonos.

De índole violenta, militar linha dura, desprezava os Tupinambás com os quais se envolvia constantemente em escaramuças na tentativa de torna-los escravos a seu mando. Era dominador e levava tudo a ferro e fogo, mas não conseguiu seu intento.

 

Tudo se agravou quando um soldado português matou a tiro, um indígena filho de chefe de grande tribo da região.

O Capitão não tinha guarnição suficiente para suportar uma revolta violenta e ao ver o engenho e as casas da Vila Velha atacadas e em chamas, fugiram todos para Porto Seguro.

Em 1549, crente que os ânimos estavam serenados, na tentativa de retornar a Salvador e reativar seus investimentos, a embarcação em que viajava foi danificada nos traiçoeiros recifes de Pinaúnas, ao sul da ilha de Itaparica. 
Pereira Coutinho e seus homens conseguiram atingir a praia, mas logo foram capturados pelos indígenas que odiavam o Capitão. Foram todos mortos.
  
Banquete antropofágico Tupinambá
Preso e fortemente amarrado, o donatário foi despido e deixado por último. Foi sacrificado e devorado numa festa antropofágica, depois de ser morto a pancadas por um curumim (menino) que empunhava um  pesado tacape (porrete com pedra na ponta).
Em confronto anterior, o jovem algoz viu seu irmão ser morto pelo chefe português e consumou a feroz vingança - a mando do cacique - sem piedade. 

Ao saber da grave situação, o rei decidiu enviar ao Brasil uma autoridade mais forte, um representante da própria Corte acompanhado por arcabuzeiros (soldados armados) e de funcionários com um governador-geral à frente.


O governo foi instalado na Bahia de Todos o Santos e o nobre Tomé de Souza designado o primeiro Governador-Geral, que chegou ao Brasil em 29 de Março de 1549.

Logo que tomou posse da governança fundou, oficialmente, em nome do rei de Portugal, a cidade de São Salvador, na Bahia de Todos os Santos, a primeira capital do Brasil.

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