Histórico
330 d.C. - A Ordem Basiliana é
considerada a mais antiga comunidade de vida religiosa existente no mundo, fundamentada nos ensinamentos de vida cristã comunitária propalados por São
Basílio Magno, entre os anos 330 a 379 d.C. o qual nasceu no ano 4
d.C, em Cesaréia - Grécia, no seio de família que testemunhava grande amor por
Jesus Cristo.
Foi assim que o jovem Basílio Magno apoiado pelo pai, recebeu a primeira formação religiosa. Já adulto viveu algum tempo em Constantinopla; estudou retórica e teologia na capital grega (Atenas). Percorreu o Egito, a Síria, a Palestina e, com seu amigo Nazianzeno, iniciou a organização de uma comunidade monástica. Em Cesaréia, São Basílio, foi eleito bispo, sucessor de um dos apóstolos de Cristo em 370 d.C. Nessa investidura concretizou diversas obras materiais, pois não era somente um pregador da sagrada palavra. Cidades de caridades foram fundadas por ele. Por fim, São Basílio Magno, legou à humanidade carente de fé, muitos escritos fundamentados nos ensinamentos cristãos. Em 379 d.C, faleceu.
Foi assim que o jovem Basílio Magno apoiado pelo pai, recebeu a primeira formação religiosa. Já adulto viveu algum tempo em Constantinopla; estudou retórica e teologia na capital grega (Atenas). Percorreu o Egito, a Síria, a Palestina e, com seu amigo Nazianzeno, iniciou a organização de uma comunidade monástica. Em Cesaréia, São Basílio, foi eleito bispo, sucessor de um dos apóstolos de Cristo em 370 d.C. Nessa investidura concretizou diversas obras materiais, pois não era somente um pregador da sagrada palavra. Cidades de caridades foram fundadas por ele. Por fim, São Basílio Magno, legou à humanidade carente de fé, muitos escritos fundamentados nos ensinamentos cristãos. Em 379 d.C, faleceu.
1882
- Seus ensinamentos doutrinários estavam presentes em várias cidades e países
orientais e europeus.
1882 e 1904, as bases doutrinárias passaram
por reformulações anunciadas pelo bispo José Benjamin Rutskei e por São Josafat,
que incorporaram mudanças na Ordem Basiliana, então denominada “Ordem
Basiliana de São Josafat”, mantida até os dias atuais.
1897
– Por volta do mês de junho, Pe. Silvestre Kizema, foi o primeiro missionário
basiliano a chegar ao Brasil, onde enfrentou enormes dificuldades de recepção e
adaptação, em Curitiba – PR, por falta de comunicação da sede européia com o
bispado do Paraná. Ele escreveu uma longa carta onde relata, em pormenores, que
o então bispo D. João Braga, não lhe deu permissão para exercer o sacerdócio
entre os imigrantes ucranianos no Paraná. Também narra as
condições de vida nos primórdios da emigração dentro do Brasil.
“Cheguei em Curitiba no dia 21 de
junho, às 7 horas da tarde, e no dia seguinte, antes do meio-dia, estive com o
bispo. Qual foi a minha surpresa, quando vim, a saber, que não havia nem o
telegrama do internúncio nem a carta de Roma. Antes que pudesse saudá-lo, o
bispo me atalhou: “como não tens contigo a carta de recomendação de Roma, não
posso aceitar-te; volta para a Europa e boa viagem!” O dinheiro estava no fim,
pediu um lugar pra dormir e comer, mas também não foi atendido. “O sustento não me
concedeu e eu tive de pagar hotel. Esperei ainda três dias em Curitiba, mas o
telegrama (da minha indicação) não chegou. Todo esse tempo, várias horas por
dia, o bispo me retinha em sua residência e de todas as maneiras procurava
explicar que o rito grego (bizantino) era novidade no Brasil”, dizia que os
brasileiros nunca o viram e o estranhavam... que os rutênios (ucrainos) vieram
para cá onde domina o rito latino. “Em uma palavra: ele não queria admitir
padres ucranianos no Brasil” deduziu. “No terceiro dia, sem ainda ter recebido
o telegrama e não tendo mais com que pagar o hotel, retirei-me para o
Abranches, a sete quilômetros de Curitiba, hospedando-me na casa do Pe.
Niebiesczanski”, que viera da Bélgica.
No quinto dia chegou o telegrama do núncio, favorável ao Pe.
Silvestre Kizema, o que obrigou o bispo a aceita-lo. “Decidi
ir para Prudentópolis acompanhado de um sacerdote brasileiro”. No sexto dia as
coisas tomaram outro rumo. “Veio uma carta da Propaganda endereçada ao bispo
com a disposição de que eu devia assumir a missão ucraniana nas províncias do
Paraná e Santa Catarina”, respirou aliviado. Foi designado o Pe. Rozdolskyi
como seu coadjutor. “Aceitei de imediato a jurisdição que me foi outorgada, não
mais me encontrando com o bispo. Segui o longo caminho, sem recursos e para
viajar por aqui é muito dispendioso e complicado, porque é preciso seguir, às
vezes de carroça, às vezes a cavalo, ou de trem ou atravessar rios, subir
montanhas, descer precipícios e ravinas. Existem no Paraná mais de 30 mil
ucranianos, mas escolhi Prudentópolis, porque o povo é muito pobre e
totalmente abandonado. Fui recebido muito bem, mas encontrei uma realidade
deprimente. Fiquei
preocupadíssimo e não sabia se ficaria ou iria embora. Tenho de ficar ouvindo
confissões por longos dias. Estou morando numa casa, junto com o cantor; quase
não tenho ganhos, mas agora as ofertas estão crescendo. Os
brasileiros me respeitam muito, propõem-se a garantir minha subsistência,
contanto que eu não os abandone” falou feliz da sua estada em Prudentópolis
que, nesse tempo, era uma colônia muito extensa de 40 milhas (65 km). “Não existem ruas e sim trilhas muito
estreitas por onde passa só uma montaria por vez, (de 5 a 7 milhas de extensão), no meio da mata, e somente no
lombo do cavalo ou da mula é possível percorrê-las por semanas”, descreve os
caminhos. “No inverno, de dia é quente e à noite cai geada... me incomoda muito
o frio pois não há lareiras, nem janelas e as casas são de madeira, na verdade
casebres", sem nenhuma vedação, descreveu, ao mesmo tempo que pediu ao padre provincial para que mandasse,
pelo menos, mais quatro sacerdotes para ajuda-lo na missão de Prudentópolis.
“Dois têm de ficar em Rio Claro e tomar conta de um território gigantesco,
outro tem de ficar nos arredores de Curitiba”. Para Prudentópolis pediu os
padres Martyniuk e Hosrostchuk, carpinteiro e serviçal doméstico,
respectivamente, “pois não é possível, por dinheiro algum, encontrar um ecônomo
por aqui, mas sobretudo peço conseguir de Roma, licença para criar casas de
missão em Prudentópolis, Rio Claro e arredores de Curitiba; ... espero que a
Propaganda (Fide) assuma a nossa missão sob sua jurisdição... e para que, à
todas as casas, desse uma ajuda, pelo menos durante três anos, na soma de 6.000
francos, para as viagens missionárias”, pediu. “Um brasileiro rico nos doou sua própria chácara com uma roça da melhor qualidade; ganhei, para essa chácara, uma vaca e um cavalo de montaria. Além disso, abastecerão a
chácara de todas as coisas e prometeram, por dois anos, contribuir para a sua
manutenção. O nosso povo, mesmo sendo pobre, é generoso. Fazem coletas, trabalham na chácara, limpam o mato, fazem derrubadas, trabalham
sem parar. Do outro lado da cidade, onde deverá ficar outra filial (capela)
também vou começar a fazer uma chácara e mais outras em linhas (caminhos), onde
deverão localizar-se os cemitérios. Eu poderia comprar muita terra, porque no
momento ela é barata. Nosso futuro aqui é promissor”, garante. “Para a escola
eu preciso, de pelo menos, duas Irmãs Servas, mas para daqui um ano, para antes
construir para elas uma casa e providenciar sua manutenção. O trabalho que
espera por elas, aqui tudo é selvagem, as crianças crescem como bezerrinhos. Os
próprios brasileiros garantirão para elas a manutenção, pois pedem uma escola
para que as crianças aprendam ucraniano e polonês”, sugeriu.
O
Pe. Silvestre Kizema descreveu a região assim: “A paisagem aqui, apesar das
matas e grotas, é linda e o clima é muito saudável, mas não é possível comprar
nada, a não ser trazer da Europa”. Ele pediu duas batinas leves para o verão,
“porque não dá para agüentar nas batinas de lã e não é possível mandar
costurá-las aqui, porque não existe nem tecido nem costureiro”, explicou e, ao
mesmo tempo, recomendou que “os padres que vierem para cá devem trazer as
coisas adaptadas para o verão e para o inverno. Devem trazer consigo, também,
tudo o que é necessário para as celebrações litúrgicas, até ampolas e jarras,
porque nada disso é possível comprar por aqui. O país ainda é selvagem, apenas
agora está se desenvolvendo... no solo existem infinitas riquezas, mas tudo
está intocável e ninguém mexe nela nem com um dedo. Na própria Prudentópolis há
muita riqueza, até pequenos diamantes aparecem na superfície da terra, mas
ninguém se importa com isso; essas riquezas não têm muita procura porque eles têm suficientes provisões de seus campos de cultura
sem o menor esforço", informou aos seus superiores, e concluiu: “Por ora é só, nesta primeira carta.
Se Deus me der saúde, em breve escreverei cartas com mais freqüência. Peço uma
vez mais resolver aqueles assuntos Recomendando-me às
vossas orações, permaneço: vosso filho fiel em Cristo Jesus.
1882 e 1904, as bases doutrinárias passaram por reformulações anunciadas pelo bispo José Benjamin Rutskei e por São Josafat, que incorporaram mudanças na Ordem Basiliana, então denominada “Ordem Basiliana de São Josafat”, mantida até os dias atuais.
1897 – Por volta do mês de junho, Pe. Silvestre Kizema, foi o primeiro missionário basiliano a chegar ao Brasil, onde enfrentou enormes dificuldades de recepção e adaptação, em Curitiba – PR, por falta de comunicação da sede européia com o bispado do Paraná. Ele escreveu uma longa carta onde relata, em pormenores, que o então bispo D. João Braga, não lhe deu permissão para exercer o sacerdócio entre os imigrantes ucranianos no Paraná. Também narra as condições de vida nos primórdios da emigração dentro do Brasil.
“Cheguei em Curitiba no dia 21 de junho, às 7 horas da tarde, e no dia seguinte, antes do meio-dia, estive com o bispo. Qual foi a minha surpresa, quando vim, a saber, que não havia nem o telegrama do internúncio nem a carta de Roma. Antes que pudesse saudá-lo, o bispo me atalhou: “como não tens contigo a carta de recomendação de Roma, não posso aceitar-te; volta para a Europa e boa viagem!” O dinheiro estava no fim, pediu um lugar pra dormir e comer, mas também não foi atendido. “O sustento não me concedeu e eu tive de pagar hotel. Esperei ainda três dias em Curitiba, mas o telegrama (da minha indicação) não chegou. Todo esse tempo, várias horas por dia, o bispo me retinha em sua residência e de todas as maneiras procurava explicar que o rito grego (bizantino) era novidade no Brasil”, dizia que os brasileiros nunca o viram e o estranhavam... que os rutênios (ucrainos) vieram para cá onde domina o rito latino. “Em uma palavra: ele não queria admitir padres ucranianos no Brasil” deduziu. “No terceiro dia, sem ainda ter recebido o telegrama e não tendo mais com que pagar o hotel, retirei-me para o Abranches, a sete quilômetros de Curitiba, hospedando-me na casa do Pe. Niebiesczanski”, que viera da Bélgica. No quinto dia chegou o telegrama do núncio, favorável ao Pe. Silvestre Kizema, o que obrigou o bispo a aceita-lo. “Decidi ir para Prudentópolis acompanhado de um sacerdote brasileiro”. No sexto dia as coisas tomaram outro rumo. “Veio uma carta da Propaganda endereçada ao bispo com a disposição de que eu devia assumir a missão ucraniana nas províncias do Paraná e Santa Catarina”, respirou aliviado. Foi designado o Pe. Rozdolskyi como seu coadjutor. “Aceitei de imediato a jurisdição que me foi outorgada, não mais me encontrando com o bispo. Segui o longo caminho, sem recursos e para viajar por aqui é muito dispendioso e complicado, porque é preciso seguir, às vezes de carroça, às vezes a cavalo, ou de trem ou atravessar rios, subir montanhas, descer precipícios e ravinas. Existem no Paraná mais de 30 mil ucranianos, mas escolhi Prudentópolis, porque o povo é muito pobre e totalmente abandonado. Fui recebido muito bem, mas encontrei uma realidade deprimente. Fiquei preocupadíssimo e não sabia se ficaria ou iria embora. Tenho de ficar ouvindo confissões por longos dias. Estou morando numa casa, junto com o cantor; quase não tenho ganhos, mas agora as ofertas estão crescendo. Os brasileiros me respeitam muito, propõem-se a garantir minha subsistência, contanto que eu não os abandone” falou feliz da sua estada em Prudentópolis que, nesse tempo, era uma colônia muito extensa de 40 milhas (65 km). “Não existem ruas e sim trilhas muito estreitas por onde passa só uma montaria por vez, (de 5 a 7 milhas de extensão), no meio da mata, e somente no lombo do cavalo ou da mula é possível percorrê-las por semanas”, descreve os caminhos. “No inverno, de dia é quente e à noite cai geada... me incomoda muito o frio pois não há lareiras, nem janelas e as casas são de madeira, na verdade casebres", sem nenhuma vedação, descreveu, ao mesmo tempo que pediu ao padre provincial para que mandasse, pelo menos, mais quatro sacerdotes para ajuda-lo na missão de Prudentópolis. “Dois têm de ficar em Rio Claro e tomar conta de um território gigantesco, outro tem de ficar nos arredores de Curitiba”. Para Prudentópolis pediu os padres Martyniuk e Hosrostchuk, carpinteiro e serviçal doméstico, respectivamente, “pois não é possível, por dinheiro algum, encontrar um ecônomo por aqui, mas sobretudo peço conseguir de Roma, licença para criar casas de missão em Prudentópolis, Rio Claro e arredores de Curitiba; ... espero que a Propaganda (Fide) assuma a nossa missão sob sua jurisdição... e para que, à todas as casas, desse uma ajuda, pelo menos durante três anos, na soma de 6.000 francos, para as viagens missionárias”, pediu. “Um brasileiro rico nos doou sua própria chácara com uma roça da melhor qualidade; ganhei, para essa chácara, uma vaca e um cavalo de montaria. Além disso, abastecerão a chácara de todas as coisas e prometeram, por dois anos, contribuir para a sua manutenção. O nosso povo, mesmo sendo pobre, é generoso. Fazem coletas, trabalham na chácara, limpam o mato, fazem derrubadas, trabalham sem parar. Do outro lado da cidade, onde deverá ficar outra filial (capela) também vou começar a fazer uma chácara e mais outras em linhas (caminhos), onde deverão localizar-se os cemitérios. Eu poderia comprar muita terra, porque no momento ela é barata. Nosso futuro aqui é promissor”, garante. “Para a escola eu preciso, de pelo menos, duas Irmãs Servas, mas para daqui um ano, para antes construir para elas uma casa e providenciar sua manutenção. O trabalho que espera por elas, aqui tudo é selvagem, as crianças crescem como bezerrinhos. Os próprios brasileiros garantirão para elas a manutenção, pois pedem uma escola para que as crianças aprendam ucraniano e polonês”, sugeriu.
Silvestre Kizema - Prudentópolis, 8/8/1897
1935 - Chegada das primeiras famílias ucranianas a Campo Mourão
vindas, em sua maioria, de Prudentópolis, Pitanga, Dorizon e Mallet. As primeiras quatro famílias moravam no Km 23
e as primeiras visitas foram do Pe. Benedito Melnyk, que vinha a cavalo desde
Prudentópolis - PR.
1939 - Emigrou para Campo Mourão Miguel Scharan, com sua família,
e se estabeleceu numa chácara próxima ao Córrego dos Papagaios (região do
Colégio Agrícola), onde durante 14 anos as celebrações ucranianas religiosas
aconteciam em sua residência.
1940 - A partir de então, novas famílias chegaram de várias regiões e eram
atendidas pelos padres basilianos já instalados em Pitanga - PR, dentre as
quais: Orestes Karpliuk, Irenarco Malanhak, Boris Kotsiy, Mariano Strujak, José
Martenetz, Cristófor Meskiw, Teodósio Kuchensky, Bartolomeu Senhuta e Doroteu
Semtchiy. Neste ano, a primeira Comissão da Comunidade Ucraniada foi formada com
o objetivo de angariar fundos destinados à edificação da igreja, e teve na
presidência: Miguel Scharan, vice Pedro Hrechena, e auxiliares Antônio Hodniuk
e Teodoro Metchko.
1947 – Foram doados três lotes urbanos á
Comunidade, pelo primeiro prefeito Campo Mourão, Pedro Viriato de Souza Filho,
na quadra nº 38 da Av. Irmãos Pereira.
1947 - Houve a permuta do terreno doado pelo prefeito. por uma
quadra inteira onde. atualmente. está construído o Supermercado Paraná, próxima ao Jardim Lar Paraná.A negociação foi realizada pelo Pe. Boris Kotsiy porém, o terreno foi requisitado pelo governo federal e ali foi instalada a antiga Estação
Meteorológica de Campo Mourão.
1955 - O prefeito Roberto Brzezinski, casado com Tecla Mussak de origem
ucraniana, ofereceu toda a quadra atual, onde foi construída a igreja e a
escola das Irmãs Servas de Maria Imaculada. A negociação foi realizada pelo Pe.
Irenarco Malanhak, a pedido da primeira-dama, dona Tecla.
1956
- Construção
do Educandário Cristo Rei, pelo mestre de obras, Teodoro Metchko, pertencente às Irmãs Servas de Maria Imaculada, que cedeu uma
das salas de aula onde foram celebradas as primeiras missas, cerimônias de
casamentos, batizados e reuniões com os fiéis.
1955 - O prefeito Roberto Brzezinski, casado com Tecla Mussak de origem ucraniana, ofereceu toda a quadra atual, onde foi construída a igreja e a escola das Irmãs Servas de Maria Imaculada. A negociação foi realizada pelo Pe. Irenarco Malanhak, a pedido da primeira-dama, dona Tecla.
1956 - Construção do Educandário Cristo Rei, pelo mestre de obras, Teodoro Metchko, pertencente às Irmãs Servas de Maria Imaculada, que cedeu uma das salas de aula onde foram celebradas as primeiras missas, cerimônias de casamentos, batizados e reuniões com os fiéis.
1959 - 01
de fevereiro, chegaram as primeiras professoras - Irmãs: Benedita Czornei e Filomena Prochera (Zita).
1959 - Dia 14 de março, de acordo com o Decreto 224/59, foi fundada a Paróquia
Santíssima Trindade de Campo Mourão. O primeiro pároco foi Pe. Volodymer
Solomka, sucedido pelo Pe. Carlos Treuk, que depois foi substituído pelo Pe.
Flor Vodonis. Neste mesmo período teve início a construção da primeira igreja
de madeira concluída em 1961.
1964 - A Paróquia Santíssima Trindade volta a ser administrada
pelos padres basilianos e teve a liderança do Pe. Benedito Melnyk e seu
coadjutor o Pe. Arsênio Kozechen.
Nestes tempos moravam 80 famílias ucranianas na sede e 480 distribuídas nas
comunidades de Pinhalão d’Oeste (Farol), Colônia Upá, Araruna, Mamborê,
Juranda, Roncador, Estiva, Sapucaí, Centralito, Isakvê, Cascavel, Rio das
Antas, Nova Cantu e Maringá.
1965 - Sob a orientação do Pe. Benedito, a
Comunidade passou a promover festas, bingos, rifas e coletas de recursos no
exterior com vistas à construção da nova igreja quando, então, foi designada a
segunda diretoria da Comunidade presidida por Basilio Boiko, vice Basilio
Daciuk; auxiliares: Paulo Chornobay, Miguel Frankiv, Valdomiro Kozan e José
Zazulha.
1967 - Inauguração da atual igreja, em arquitetura de magnífico
estilo eslavo, que contou com as presenças, dentre várias autoridades, dos bispos: Dom José Romão Martenetz -
primeiro bispo nomeado dos ucranianos no Brasil e Dom Eliseu Simões Mendes -
primeiro bispo diocesano de Campo Mourão.
1970 - Após quatro
anos de tramitação do projeto legislativo, elaborado pelo vereador Ephigênio
José Carneiro, o então prefeito Horácio Amaral aprovou a mudança do nome da rua
Peabiru que, no dia 18 de julho de 1970, passou a ser denominada Rua São
Josafat, homenagem ao centenário da canonização do santo mártir dos ucranianos.
Também foram
párocos em Campo Mourão:
1971-1973 - Pe. Eugênio
Harasyntchuk.
1973-1977 - Pe.
Boris Kotsiy.
1977 - Pe. Doroteu Zubacz assumiu a Paróquia, mas dia 9 de agosto
deste mesmo ano faleceu, vítima de acidente, aos 34 anos de idade (cinco de
sacerdócio). Assumiu, em seu lugar, o Pe. Bonifácio Zaluski, até 1981.
1978 - 26 de novembro - eleição da terceira diretoria paroquial assim constituída:
presidente: Teófilo Boiko; vice: José Pochapski; secretário: Pedro Melniski;
tesoureiro: André Duzanovski; auxiliares: Nestor Kulik e professor Nikon Kopko.
A Paróquia Santíssima
Trindade tem uma belíssima igreja do Rito Ucraniano Católico, localizada na Rua
São Josafat, 1437, em Campo Mourão/PR, próxima ao Centro Médico e ao Mercado
Municipal.
São Josafat Kuncewicz (João Kuntsevytch)
São Josafat Kuncewicz (João Kuntsevytch)
Nasceu no ano de 1580, em Volodymyr, na Volínia, importante centro comercial do Reino Polono-Lituano. Seu pai Gabriel e sua mãe Maria vinham de uma linhagem empobrecida. No batismo recebeu o nome de João.
Entre seus treze e quatorze anos de idade, João Kuntsevytch foi enviado por seus pais para Vilnius, capital da Lituânia, a fim de trabalhar com um rico comerciante e membro do governo lituano, Jacinto Popovytch, e aperfeiçoar-se na arte do comércio. Em Vilnius, uma cidade cosmopolita sob o aspecto religioso, onde conviviam as diversas confissões cristãs – protestantes, católicos e ortodoxos – João entrou em uma fase de escolhas decisivas em sua vida. Em sua consciência tomava corpo uma crucial pergunta: qual era a verdadeira Igreja de Cristo? Em face das divisões da Igreja, qual delas deveria ele seguir? Deveria permanecer fiel à Igreja Ortodoxa de sua família?I
Neste impasse foram importantes ao jovem João, os padres jesuítas da Academia Teológica de Vilnius, com os quais ele gostava de se aconselhar. Eles lhe mostraram o caminho: poderia ser católico, sem abandonar a sua tradição cristã oriental.
Justamente nesse tempo (1596), os bispos ucranianos da metropolia de Kiev, reunidos no sínodo de Brest, cidade próxima a Vilnius, declararam a sua fé católica e reconheceram o Papa como único chefe da igreja de Cristo, mas conservaram toda uma tradição oriental, de fonte bizantina. A União de Brest foi a luz que fez João dar o passo decisivo em sua vida.
São Josafat foi o restaurador da vida religiosa basiliana em terras eslavas e, junto com o metropolita José Veliamyn Rutskyi, foi o fundador da Ordem de São Basílio Magno, tal como ela é hoje sob a denominação de “Ordem Basiliana de São Josafat”. Rutskyi foi o grande amigo, companheiro e colaborador de Josafat, tanto na restauração da vida monástica como na obra da união cristã em torno do Papa.
Tudo na vida de João Kuncewicz aconteceu cedo e rápido. Estudou filosofia e teologia. Aos 20 anos se tornou monge na Ordem de São Basílio, e adotou o nome de Josafat. Em pouco tempo era nomeado superior do convento e, logo depois, arquimandrita e arcebispo de Polotsk, com apenas 37 anos.
Vivia-se a época do cisma cristão (divisão) provocado pelas igrejas do oriente e Josafat foi um dos grandes batalhadores pela união delas com Roma, e obteve vitórias em muitas das frentes de batalha. Defendia, sem medo, a autoridade do Papa e o fim do cisma, com a conseqüente união das igrejas. Pregava e fazia questão de seguir os ensinamentos de Jesus numa só igreja, sob a autoridade de um único pastor.
Sua luta incansável reconquistou muitos hereges e ele é considerado o responsável pelo retorno dos rutenos (também chamados de cárpato-rutenos e russianos, um grupo étnico da Europa que fala a língua rutena e descende dos russianos que não se tornaram ucranianos), ao seio da igreja unificada.
Embora outras Igrejas do oriente não o tenham seguido, foi uma vitória histórica e muito importante.
Atuando desta forma era evidente que sofreria represálias. Foi vítima de calúnias, difamações, acusações absurdas e uma oposição ameaçadora por parte dos que apoiavam o cisma. Em uma pregação chegou a prever que seu fim estava próximo e seria na mão dos inimigos, mas não temia por sua vida e jamais deixou de lutar.
Em uma das visitas às paróquias sob sua administração, sua moradia foi cercada e atacada. Muitas pessoas da família e da comitiva foram massacradas e assassinadas. O arcebispo Josafat, então, se apresentou aos inimigos, perguntando porque matavam seus familiares se o alvo era ele?! Impiedosamente a multidão o atacou, torturou, matou e jogou seu corpo em um rio, dia 12 de novembro de 1623, na cidade de Vitebsk, na Bielorussia.
Seu corpo foi recuperado da água do rio e venerado pelos fiéis. Mais tarde, os responsáveis pelo assassinato do arcebispo foram presos, julgados, condenados e acabaram se convertendo e, assim, escaparam da pena de morte.
Entre seus treze e quatorze anos de idade, João Kuntsevytch foi enviado por seus pais para Vilnius, capital da Lituânia, a fim de trabalhar com um rico comerciante e membro do governo lituano, Jacinto Popovytch, e aperfeiçoar-se na arte do comércio. Em Vilnius, uma cidade cosmopolita sob o aspecto religioso, onde conviviam as diversas confissões cristãs – protestantes, católicos e ortodoxos – João entrou em uma fase de escolhas decisivas em sua vida. Em sua consciência tomava corpo uma crucial pergunta: qual era a verdadeira Igreja de Cristo? Em face das divisões da Igreja, qual delas deveria ele seguir? Deveria permanecer fiel à Igreja Ortodoxa de sua família?I
Neste impasse foram importantes ao jovem João, os padres jesuítas da Academia Teológica de Vilnius, com os quais ele gostava de se aconselhar. Eles lhe mostraram o caminho: poderia ser católico, sem abandonar a sua tradição cristã oriental.
Justamente nesse tempo (1596), os bispos ucranianos da metropolia de Kiev, reunidos no sínodo de Brest, cidade próxima a Vilnius, declararam a sua fé católica e reconheceram o Papa como único chefe da igreja de Cristo, mas conservaram toda uma tradição oriental, de fonte bizantina. A União de Brest foi a luz que fez João dar o passo decisivo em sua vida.
São Josafat foi o restaurador da vida religiosa basiliana em terras eslavas e, junto com o metropolita José Veliamyn Rutskyi, foi o fundador da Ordem de São Basílio Magno, tal como ela é hoje sob a denominação de “Ordem Basiliana de São Josafat”. Rutskyi foi o grande amigo, companheiro e colaborador de Josafat, tanto na restauração da vida monástica como na obra da união cristã em torno do Papa.
Tudo na vida de João Kuncewicz aconteceu cedo e rápido. Estudou filosofia e teologia. Aos 20 anos se tornou monge na Ordem de São Basílio, e adotou o nome de Josafat. Em pouco tempo era nomeado superior do convento e, logo depois, arquimandrita e arcebispo de Polotsk, com apenas 37 anos.
Vivia-se a época do cisma cristão (divisão) provocado pelas igrejas do oriente e Josafat foi um dos grandes batalhadores pela união delas com Roma, e obteve vitórias em muitas das frentes de batalha. Defendia, sem medo, a autoridade do Papa e o fim do cisma, com a conseqüente união das igrejas. Pregava e fazia questão de seguir os ensinamentos de Jesus numa só igreja, sob a autoridade de um único pastor.
Sua luta incansável reconquistou muitos hereges e ele é considerado o responsável pelo retorno dos rutenos (também chamados de cárpato-rutenos e russianos, um grupo étnico da Europa que fala a língua rutena e descende dos russianos que não se tornaram ucranianos), ao seio da igreja unificada.
Embora outras Igrejas do oriente não o tenham seguido, foi uma vitória histórica e muito importante.
Atuando desta forma era evidente que sofreria represálias. Foi vítima de calúnias, difamações, acusações absurdas e uma oposição ameaçadora por parte dos que apoiavam o cisma. Em uma pregação chegou a prever que seu fim estava próximo e seria na mão dos inimigos, mas não temia por sua vida e jamais deixou de lutar.
Atuando desta forma era evidente que sofreria represálias. Foi vítima de calúnias, difamações, acusações absurdas e uma oposição ameaçadora por parte dos que apoiavam o cisma. Em uma pregação chegou a prever que seu fim estava próximo e seria na mão dos inimigos, mas não temia por sua vida e jamais deixou de lutar.
Em uma das visitas às paróquias sob sua administração, sua moradia foi cercada e atacada. Muitas pessoas da família e da comitiva foram massacradas e assassinadas. O arcebispo Josafat, então, se apresentou aos inimigos, perguntando porque matavam seus familiares se o alvo era ele?! Impiedosamente a multidão o atacou, torturou, matou e jogou seu corpo em um rio, dia 12 de novembro de 1623, na cidade de Vitebsk, na Bielorussia.
Seu corpo foi recuperado da água do rio e venerado pelos fiéis. Mais tarde, os responsáveis pelo assassinato do arcebispo foram presos, julgados, condenados e acabaram se convertendo e, assim, escaparam da pena de morte.
Seu corpo foi recuperado da água do rio e venerado pelos fiéis. Mais tarde, os responsáveis pelo assassinato do arcebispo foram presos, julgados, condenados e acabaram se convertendo e, assim, escaparam da pena de morte.
São Josafat foi mártir por lutar pela união entre as igrejas ortodoxa e a católica, ao entender que os cristãos deveriam pertencer a uma única igreja e ter apenas um pastor.
Pomba da Paz (Picasso)
Pomba da Paz (Picasso)
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