José Luiz Arana e Alina Zaleski Arana em Campo Mourão
Quando José Luiz Arana (78) e sua esposa Alina Zaleski
(81) aniversariaram em abril de 2002, seus filhos lhes prestaram homenagens e a
Tribuna publicou a história do primeiro fotógrafo e primeiro estafeta de Campo
Mourão, bem como a luta do casal pontagrossense, pioneiro na agreste região do
vale do Piquiri-Ivaí.
O Hotel Central ficava na esquina da Av. Irmãos Pereira X R. Francisco Albuquerque, e a residência de José Arana na esquina da Av. José Custódio de Oliveira X R. Francisco Albuquerque (antiga R. Paraná). Na sala da frente da residência de José Arana era seu ateliê fotográfico, único na década de 40/50.
1934 - José Luiz Arana nasceu em Ponta Grossa-Pr, dia 24 de abril
de 1934, filho do fotógrafo Ozório Arana e de Maria Milich. A esposa, Alina
Zaleski nasceu no município de Ivaí, dia 15 de abril de 1921. Filha do
comerciante e agrimensor Eugênio Zaleski e de Sofia Zaleski, também pioneiros
mourãoenses, proprietários do Hotel Central, o primeiro na cidade, além de
responsável pelo traçado urbano da área central de Campo Mourão.
1940 – A exemplo da família Zaleski, a família Arana também
veio de Ponta Grossa – PR. José Arana contava nessa época, com 16 anos e seu primeiro ofício em Campo Mourão foi o de estafeta (correio) e transporte de mercadorias em carroção coberto com tolda. O trajeto que fazia, em média uma vez por mês, ida e volta, demorava 30 dias, com tempo bom.
Aspectos – Entre os anos 30 e meados de 40 a vila de Campo Mourão não tinha
mais que cinco ou 10 ranchos de pau-a-pique, bem distantes um do outro. A
maioria era de posseiros, aventureiros e pioneiros que por aqui passaram ou se fixaram no afã de tirar
frutos da terra e proporcionar um futuro melhor às suas famílias.
O povoamento, desta forma, resultou em um emaranhado de estreitas estradas e carreadores por onde as pessoas se deslocavam a pé, a cavalo, em carroças e nos 'chiques’e 'cantantes' carros-de-bois, os mais importantes daqueles tempos.
O povoamento, desta forma, resultou em um emaranhado de estreitas estradas e carreadores por onde as pessoas se deslocavam a pé, a cavalo, em carroças e nos 'chiques’e 'cantantes' carros-de-bois, os mais importantes daqueles tempos.
Não havia estrada oficial e não se vislumbrava uma cidade no então vasto cerrado
mourãoense onde a caça era abundante e os perigos também, por causa do sertão
desconhecido, falta de recursos e de assistência medicinal, sem remédios ou
médicos. Muitos pioneiros, crianças e mulheres com males difíceis de curar com
benzimento e remédios caseiros, tinham que ser transportadas em carroças ou a
cavalo até Guarapuava e, a maioria, morria pelos caminhos dada a demora dos
deslocamentos que duravam semanas e até meses para se atingir o destino, a
partir do nascente Campos do Mourão.
Da mesma forma, as compras de subsistência, eram feitas em Guarapuava, com a mesma demora e imprevistos. O maior entrave nas longas viagens eram as chuvas e as cheias dos rios. As caravanas, ou pessoas, ficavam ilhadas, pois não existiam pontes. As travessias eram feitas por dentro dos rios, em suas partes mais rasas e de corredeiras mansas, conhecidas por lajeados.
José Luiz Arana, por dezenas de vezes, viu-se diante desses desafios e enfrentou todo tipo de transtorno nas
suas lides de transportes de mercadorias e de malotes postais, em carroções de
tração animal, de Guarapuava a Campo Mourão e vice-versa.
As correspondência, a partir de 1940, eram deixadas em caixa de papelão redonda (chapéus ramezoni) no balcão da Casa Iracema, na esquina da Av. Irmãos Pereira com a R. Brasil ou no armazém Santo Antonio da dona Margarida Wakin, na esquina da Av, Índio Bandeira com a R. São Paulo, ao lado do Ponto 1 de táxi.
Da mesma forma, as compras de subsistência, eram feitas em Guarapuava, com a mesma demora e imprevistos. O maior entrave nas longas viagens eram as chuvas e as cheias dos rios. As caravanas, ou pessoas, ficavam ilhadas, pois não existiam pontes. As travessias eram feitas por dentro dos rios, em suas partes mais rasas e de corredeiras mansas, conhecidas por lajeados.
José Arara primeiro correio de Campo Mourão
As correspondência, a partir de 1940, eram deixadas em caixa de papelão redonda (chapéus ramezoni) no balcão da Casa Iracema, na esquina da Av. Irmãos Pereira com a R. Brasil ou no armazém Santo Antonio da dona Margarida Wakin, na esquina da Av, Índio Bandeira com a R. São Paulo, ao lado do Ponto 1 de táxi.
Onças - Esse reino vegetal e animal era dominado pelas onças pardas
(sem manchas) e onças pintadas (as mais comuns e temidas), jaguatiricas, gatos e
cachorros do mato. Quatis, macacos, varas de catetos e porcos do mato povoavam os imensos e
intrincados taquarais e pinheirais que se perdiam de vista além do Rio do
Campo. Os campos do cerrado tinha milhares de palmeirinhas menor que a altura
de um homem e nas matas muitas e variadas palmeiras, inclusive imensos
palmitais, por onde voavam bandos coloridos de araras, papagaios, periquitos e
principalmente de baitacas que faziam nuvens no céu quando passavam pela manhã
em sentido leste e à tarde retornavam em sentido noroeste, sempre em busca
dos coquinhos. Faziam uma grande algazarra. Hoje ainda vemos, mesmo raramente, alguns
casais de baitaca voando a esmo por Campo Mourão, sem deixar de fazer a
tradicional gritaria.
José Arana e Alina observam a
moenda de cana em Campo Mourão
Serraria manual de José Arana, em Campo Mourão
Primeira fábrica de farinha de mandioca em Araruna
No detalhe José Arana
As viagens por Campo Mourão
melhoraram com os Jeep- Ano 51
José Arana e o Pe Aloisio de Campo Mourão
José Arana e Alina
casaram em Campo Mourão
,,,
Este senhor é meu primo meu pai André arana veio pra campo Mourão ainda jovem ajudou a abrir a cidade depois voltou pra guarapuava casou se com minha mãe e voltaram pra campo Mourão meu pai hoje é falecido minha mãe ainda vive e pode dar mais detalhes que pra ser ouvir isto ria dos parentes.
ResponderExcluirquero informacao dos daqui.de ponta grossa e castro parana principalmente tuca arana
ResponderExcluir