O pioneiro e primeiro delegado de Campo Mourão, Guilherme de Paula Xavier (o coronel), um mês antes de morrer escolheu a madeira do seu caixão.
Saiu no terreiro da casa de cedro e mostrou quatro tábuas na parede: "quero essa, essa, essa e essa. No dia que eu morrer façam um caixão com elas e me enterrem dentro dele."
Foi até o curral e apontou duas vacas (a malhada era louca): 'quero que matem e façam churrasco delas no dia e noite do meu velório e sirvam bem o povo'.
No leito de morte, chamou os filhos e filhas em volta de sua cama, e deu uma surra de chicote em quase todos.
Só não apanhou a filha caçula, que se escondeu chorando, num canto, e a filha mais velha que costumava 'bater' de frente com ele.
O motivo da surra não souberam. Deduziram que seria pra enfrentar a vida com dureza e coragem.
Essa passagem nos foi contada pelo filho Sebastião de Paula Xavier (seu Tico) e pela filha caçula dona Laura, que a exemplo do pai, casou quatro vezes e gostava de fandango e bailes. Tem um jardim residencial em Campo Mourão, com o nome dela.
'Coronel' de Campo Mourão
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