28/03/2011

Germano Traple e a lepra em Campo Mourão


O médico pioneiro no tratamento e combate à lepra em Campo Mourão atendia toda a região Centro-Oeste do Paraná. Vinham muitos pacientes de várias cidades do Paraná. É pioneiro do Country Clube. Dona Tercilla se dedicou a assistências aos jovens e crianças. “O primeiro fusca que apareceu em Campo Mourão foi o meu. Todo mundo queria saber como não usava água e por quê o motor era atrás?”, recorda Dr. Germano.


Germano Traple nasceu em Curitiba, no Campo da Galícia (Poty), em 26 de maio de 1924. “Minha avó brincava comigo, quando era pequeno e dizia que a cegonha me deixou no banhado da Galícia. A gente ainda acreditava que vinha no bico da cegonha, uma história folclórica inventada na Alemanha e que se espalhou pelo mundo porque as mães tinham vergonha de falar aos filhos como realmente nasciam. Hoje qualquer criancinha sabe por onde veio. Esse tabu acabou-se”, conta rindo.


Origem - Germano é filho de Natália Elly e do austríaco gravurista, Guilherme Traple. “Meu pai era um hábil litógrafo, fazia cartazes e gravuras (logomarcas), inclusive o rótulo da cerveja Antártica, fabricada em Ponta Grossa. Depois vieram outras técnicas, como a off-set e acabaram com a litografia”, explica.

Casamento - Germano casou com Lucilla Wiechetck Traple, filha de Lúcia Scalet e Oswaldo Wiechetck. O casamento aconteceu no dia 20 de abril de 1949, em Ponta Grossa, “terra natal da Lucilla e temos um casal de filhos”. Márcia (professora) e o Március (médico) que lhes deram cinco netos, todos do sexo masculino. “Os mais moços estão com mais de 20 anos, os outros são mais jovens”, conta.


Ambulante - No início de carreira profissional Germano Traple, fez cursos de Datilografia e dois anos de Contabilidade com o professor Heitor Ditsel, na Escola do diretor Mongruel, em Ponta Grossa, “que era excelente”. Terminou o terceiro ano de Contabilidade, “meio fraco”, em Curitiba. Trabalhou como guarda-livros durante seis anos. “Em 1953 comprei um fusca marrom (Volkswagen/52, importado da Alemanha, montado em São Paulo). “Instalei meu escritório de contabilidade dentro do carro e fazia serviços ambulantes nos intervalos das aulas da faculdade”. Era complicado porque tinha aulas de manhã e à tarde. “Mas, graças a isso eu pude fazer e pagar o meu curso de Medicina”, diz vitorioso.


Fusca dedo duro – “Fiquei treze anos com meu Fusca Marrom”. Foi o primeiro em Campo Mourão. “Viajei o Paraná inteiro com esse carrinho e nunca me deu problemas. Quando fui para Campo Mourão choveu, era muita lama, coloquei umas arruelas, afastei as rodas, encorrentei os pneus e fui tranqüilo pelo barro. Vi dezenas de caminhões atolados. Quando cheguei no Campo, uma das pessoas que me viu com o fusca encorrentado foi o Horácio Amaral”, recorda. “Lá ninguém conhecia fusca. Era novidade. Despertava a curiosidade porque o motor era atrás, não tinha radiador e não precisa de água. No Campo era engraçado porque meu fusca marrom era manjado. Todo mundo me achava e sabia onde eu estava, só de ver o carrinho. Não tinha jeito de eu me esconder e nem ter folga, principalmente com os pacientes que necessitavam de atenção médica. Eu atendia a qualquer hora do dia ou da noite. É a minha missão, socorrer quem precisa e, isso faço até hoje, com amor e dedicação”, relembra seu tempo em Campo Mourão.


Maratona - Em 1958 o casal Traple deu uma volta de fusca pelo Estado. “De Pato Branco, passamos por Campo Mourão para visitar a Lady Amaral – irmã do Horácio Amaral – amiga da minha mulher”. Germano estava no penúltimo ano de Medicina (UFPR) e não tinha projeto de morar em Campo Mourão. Concluiu a Faculdade de Medicina no dia 17 de dezembro de 1959. “No meu tempo eram seis anos de estudos para se formar médico”, recorda. 


Campo Mourão – Germano conheceu Chicre Kffouri, empresário que morava em Campo Mourão. “Marcamos um encontro, num jantar em Santa Felicidade. Ele me disse que tinha um médico (José Luiz Tabith) em Mamborê, que saiu de lá e foi para Campo Mourão. Perguntou se eu não queria trabalhar no lugar dele. Informou que tinha uma casa em Mamborê, improvisada como hospital. Eu precisava trabalhar. O Chicre então me disse: vou te levar até lá e quem sabe você se acerta!! - Eu estava casado, recém formado. Sai de Curitiba dia 4 de janeiro de 1960. Passei por Ponta Grossa, fui por Maringá, viajei o dia inteirinho - não tinha estrada rapaz !! - Chegou à noite em Campo Mourão. “O Chicre estava me esperando no Hotel Brasil (todo de madeira), era o melhor da cidade. Ali pernoitamos, atendidos pela dona Dalva, uma senhora muito simpática e atenciosa. O “velho” Chicre era meio político, um líder e tinha uma serraria de madeiras ali pelo Km 119, no meio do mato”, localiza Germano. 

Mamborê - No dia 6 de janeiro de 1960 foi conhecer Mamborê. “Era um vilarejo, administrado pela prefeitura de Campo Mourão. Não tinha praticamente nada. Era tudo muito precário e difícil de viver, mas me dei bem. Gostei do lugar. Fiquei quase dois meses lá e depois fui para Campo Mourão”. O motivo principal da mudança foi a falta de escola e a necessidade de estudos para os filhos. “Mas também não deu certo a escola em Campo Mourão. Fui falar com a professora, meio analfabeta, ai pensei....iiiiiiii... tô bem arrumado!!! (risos). “Daí trouxe os dois filhos para estudarem aqui pra Curitiba, viu?!” - A Márcia ficou interna no Colégio Nossa Senhora de Lourdes (Cajuru) e o Március no Internato Paranaense (Seminário). 

Não gostou – “Depois de umas duas semanas que eu estava em Mamborê, a Lucilla foi com as crianças. Me lembro que viajou de avião da VASP (Viação Aérea São Paulo), mas ela me falou: esse negócio aqui não vai dar certo!! - Não gostou e voltou à Curitiba. Em seguida eu vim buscar meus livros de Medicina e as coisas que eu precisava. A Lucilla decidiu ir junto. Esse era todo nosso patrimônio. Coube no fusca: eu, ela, nossos filhos, meus livros e o carrinho. Fomos só com a roupa do corpo!! (risos).


Índios? – “Um cunhado quando meu viu partindo com a irmã dele perguntou pra mim se lá não tinha índio?! Respondi que Campo Mourão tinha um nome meio parecido (Índio Bandeira), mas não tinha nada a ver com índios!! - Isso pra você ter uma idéia como era a imagem inóspita e bravia da região. Mas Campo Mourão nunca foi nada disso, apesar de um período de muitas brigas e mortes por causa de terra”, comenta.


Consultório – “Morei numa casa do falecido Roberto Brzezinski, alugada pela dona Tecla. Ali montei um consultório, naquela rua (antiga rua Curitiba), esquina da Avenida Goioerê. Na esquina de cima (Avenida Manoel Mendes de Camargo) tinha o Hospital São Pedro dos doutores José Carlos Ferreira e Manoel Andrade. Lá do meu dava pra enxergar o deles”, localiza. Baseado em Campo Mourão instalou consultórios (ambulatórios) em Roncador, Pinhalão (Farol), Pinhalzinho (Janiópolis) e Mamborê. “Saia cedo de casa e atendia todo tipo de paciente, porque médico do interior tem que saber de tudo”, conta sorrindo.


Santa Casa - Os doutores José Luiz Tabith e Isnard Constantino eram os médicos no casarão de madeira do Hospital Filantrópico Santa Casa de Misericórdia de Campo Mourão, na Rua Brasil, enfrente do antigo Cine Plaza que surgiu bem depois. Desde aquele tempo é dirigida por um grupo de abnegados e mantida pela comunidade. “Tinha a construção mas não tinha a escritura do terreno que providenciamos mais tarde. O Tabith era funcionário do Estado e atendia os tuberculosos. E eu clinicava geral. Éramos só nós dois na Santa Casa pra atender um mundão de pacientes e fazíamos o melhor que podíamos”, relata.


Lepra – Entre 1972-1973 a lepra (hanseníase) passou a ser doença estadual. “Deram esta sobrecarga, muito grande, para o Tabith também. Naquela tempo a endemia era muito elevada. O Salomão Zoifer, meu amigo, Chefe do 10º Distrito de Saúde de Campo Mourão, pediu ao governo mais um médico. Abriu a vaga e ninguém quis, por causa de inconvenientes como o risco que diziam que os médicos corriam em contrair a lepra. Faziam uma imagem negativa destes profissionais. Ninguém queria consultar com médico que cuidava de leprosos pelo medo de pegar a doença. Ai o Salomão perguntou se eu queria. Aceitei. Fui contratado por um salário irrisório pago pelo Estado, em regime de CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas. No começo era pouca gente com lepra, quase ninguém, mas de repetente começou chegar gente de todo canto. De Foz do Iguaçu... Cianorte... para ser atendida no Campo. O leproso sempre foi arredio, se esconde, fica deformado e quase sempre se recusa procurar a medicina. A doença começa na pele e atinge as cartilagens e partes moles do corpo... come as orelhas, os olhos, o nariz, as juntas das mãos, dos pés e por ai vai. Descobri com o tempo que a lepra não é tão contagiosa assim e que não é uma doença dermatológica”, revela.


Retorno - Começou a freqüentar congressos e realizar estudos para prevenir e combater a lepra, com especializações gradativas. “Me aprofundei em cursos de dermatologia e pesquisas sobre este mal, ainda em Campo Mourão. Em 1976 transferi meu serviço público à Curitiba para poder curar um número maior de hansenianos”. Voltou de mudança à Curitiba igual quando chegou em Campo Mourão. “Voltei a zero e comecei tudo de novo. Lá no Campo atendi todo mundo que precisava durante mais de três anos, cinqüenta por cento de graça, sem cobrar nada. Fazia e faço isso por amor ao próximo, por isso nunca ganhei dinheiro”, diz com ar de satisfação do dever cumprido.


Dr. Arvelo – Em abril de 1976 conheceu o médico venezuelano, José Jesus Arvelo. “Eu estava trabalhando com leprosos. Chegou ele e o Dr. Flávio Cine, que era chefe do Departamento de Hanseníase do Estado. - Haaaaa!! a propósito!! – interrompe - o Posto de Saúde onde trabalho hoje, em Piraquara, tem o nome do Dr. Cine!! – Mas, voltando ao assunto, o Arvelo perguntou: e la prevencion, como está?? – Nunca ouvi falar em prevenção”, risos. Em agosto de 1976, Germano participou de um curso de Prevenção da Incapacidade Física em Hanseníase, em Belém (PA), proferido justamente pelo Dr. Arvelo, patrocinado pelo Ministério da Saúde. “Fui até lá incentivado pelo Dr. Cine. O Dr. Moacir Pinto, que trabalhava na mesma área, também foi convidado. mas não aceitou dizendo que já estava com mais de cinqüenta anos, e não valia a pena”. Germano Traple foi o único médico presente do Paraná. “O Arvelo tinha uma dedicação incrível. Uma capacidade enorme. Emocionava qualquer um. Passei a admirar meu professor pelas suas qualidades e conhecimentos, que muito me interessaram”, conta.


Aprendizado – Dr. Germano aprendeu com o Dr. Arvelo, que a salvação da lepra é a Prevenção da Incapacidade motora que leva à perda das mãos, dos pés e à cegueira. “O Arvelo provou que isso poderia ser evitado mudando a endemia, o estigma e os conceitos arcaicos”. Na volta de Belém iniciou a prática da Prevenção da Incapacidade, em Curitiba. “Eu disse ao Cine: tenho e preciso fazer isso com os leprosos, já!! Aí ele me arrumou um lugar fora do ambulatório, no pátio, em uma casa meio caída, bem precária. Daí em diante consegui várias conquistas importantes, dentre elas a regressão das úlceras”, explica.


Dr. Brand – “Esse hábil cirurgião deve estar hoje com cerca de 90 anos”. Paul Brand vive nos Estados Unidos. Foi este médico que começou a descrever a Patologia da Lepra, como acontece e como pode ser evitada. “O Arvelo aprendeu o Método Laboratorial da Incapacidade Física com o Dr. Brand, na Índia. Quando o Arvelo disse que vinha me visitar em Curitiba, reuni uns trinta pacientes de lepra e os coloquei todos nesse ambulatório improvisado. O Arvelo veio por volta de janeiro ou fevereiro de 1977, me visitou no trabalho e ficou admirado pelas coisas incríveis que eu estava conseguindo. Na despedida, no Aeroporto Afonso Pena, o Arvelo disse que queria me ver, em 1978, em Caracas (Venezuela). Ele conseguiu e fui através da Organização Mundial da Saúde (OMS)”. Essa entidade mundial sabia do trabalho de Germano Traple por intermédio de José de Jesus Arvelo. Através da prevenção aplicada por Germano Traple, houve curas. “Fiquei admirado. Nunca tinha visto isso em hanseníase e nem o Arvelo. A gente já usava a sulfona mãe em tratamentos prolongados, mas não aplicava na prevenção”, revela satisfeito.


PQT – É um novo método, com três produtos, para curar a doença da lepra através da Polioquimioterapia (PQT). A cura se dá num espaço de seis a vinte e quatro meses. “O Brand, que fazia cirurgias de mãos na Índia, realizou um congresso a esse respeito. Eu participei e aprendi mais ainda. Ninguém fazia a Prevenção Tratamental. Curava-se a doença, mas a incapacidade ficava. Fiz mais um curso de reabilitação com o Dr. Frank Duerksen, em Bauru (SP), especialista em cirurgia e ortopedia em hansenianos”.


Pioneiros - Quem introduziu a prevenção no mundo foi o Arvelo. A cirurgia de reabilitação foi o Dr. Brand, que escreveu sobre a patologia da Incapacidade Física e como isso acontece. “Eu aprendi com os dois a aplicar a prevenção, o tratamento e a recuperação física dos leprosos, com absoluto sucesso”, orgulha-se o Dr. Germano.


OMS – De Campo Mourão e de Curitiba, para o Mundo. “Atuei na Índia por conta da OMS entre 1982 e 1983. Me orgulho disso porque sou paranaense e fui de Campo Mourão onde comecei a me exercitar nessa área. Na Índia atuei na Reabilitação em Hanseníase, em status superior, porque você se especializa além do simples tratamento”, detalha. Contratado pela OMS trabalhou na Ilha de Páscoa, em Lima (Peru), em Havana (Cuba), onde também aplicou palestras. No Brasil difundiu as técnicas de prevenção e reabilitação em hanseníase em todos os Estados Brasileiros, “desde Porto Alegre (RS) até Boa Vista (RR)”, enfatiza.


Estígma – A lepra é uma doença estigmatizada. “Uma coisa que fiz foi integrá-la aos ambulatórios. Tem paciente de lepra lá, sentado no meio dos outros e ninguém sabe que é leproso. Antigamente o leproso se escondia e todo mundo fugia dele. Hoje não. Esse estigma continua, mas não como era antes. Tratei e curei milhares de hansenianos. De cada cem pessoas, noventa por cento não ficam doentes. A lepra é uma doença social oriunda da miséria e da promiscuidade. Na Europa desapareceu, muito antes da sulfona. Na Noruega, onde foi descoberto o bacilo por Hansen, a miséria e a doença era pior que no Brasil. Ai veio o PQT que mudou a história natural da hanseníase”, diz com satisfação.


Controle – É preciso separar a doença da hereditariedade. Existem famílias inteiras de leprosos. “Acontece isso porque a doença tem um processo de incubação muito longo. O contato tem que ser muito íntimo e permanente para que se pegue a lepra. O importante é descobrir o contagiante da doença e prevenir a família. E hoje isso é fácil. Basta descobrir o comunicante”, explica a sua técnica.


Atividades – Em Campo Mourão, Germano Traple se dedicou aos leprosos e clinicou geral. A Santa Casa vivia lotada. “Tinha pacientes de baixa renda há mais de três anos, internados na enfermaria. A despesa era grande. Lutávamos pela vida, praticamente sem recursos. O Tabith e eu fizemos muita assistência social. Fundamos o Country Club... o Tabith como presidente e eu o secretário. Na fundação fizemos tudo com nosso dinheiro. Há uns dez anos estive no Campo e o Aymar (Soares de Lima) me levou pra ver o Country e lembrei da loucura que fizemos. Hoje eu não faria aquilo, mais de jeito nenhum!! O que a gente ganhava, gastava na construção. As dívidas de empréstimos nos bancos nunca saiam em nome do clube. O Tabith assinava e eu avalizava... e as vezes fazíamos ao contrário. No fim nós dois pagávamos o pato”.. risos.


Injustiças - “Como associados nunca tivemos regalias e nem temos títulos de sócios remidos. Se quiser freqüentar, tenho que pagar!!.. risos. “Nessa visita vi lá uma placa de uma pessoa que sempre foi contra e só nos criticava, homenageado como presidente (Miguel Giani). Era do contra toda vida. Aí eu perguntei: cadê a placa de homenagem ao primeiro presidente?.. O Aymar me respondeu: haaa... isso não sei... acho que não tem!! – Veja você que injustiça o Country cometeu... não comigo, mas com o Tabith”, reclama o Dr. Germano.


Participações - Germano Traple, igualmente, presidiu o Lions Club de Campo Mourão, em 1960. Dona Lucilla era 'domadora' e se dedicou a atender crianças e jovens da Creche Sagrada Família e na Guarda Mirim. Fazia promoções para arrecadar fundos. Uma dessas era alugar filmes no Cine Plaza e vender ingressos, ao lado de dona Fifi Nunes, Amélia Hruschka, Odete Durski e outras abnegadas mourãoenses. 


Aposentado – “Me mandaram embora da Secretária de Estado da Saúde. Fui aposentado por força da idade. Mas não parei. Trabalho pela Prefeitura, na área de clínica médica, de Piraquara. Levanto todo dia cedinho e vou pra lá. Vivo tranqüilo em Curitiba e guardo na lembrança os amigos e a minha parcela de colaboração em beneficio da saúde, da sociedade e do povo que deixei em Campo Mourão, onde passei bons momentos da minha vida”, concluiu o Dr. Germano Traple, que continua sua “guerra particular” contra a hanseníase, reconhecido mundialmente pelo seu trabalho e dedicação, em benefício da humanidade.


Desculpas – "Peraii... deixe eu falar só mais uma coisinha. Me desculpem ter falado tanto em lepra, mas eu quero que todos saibam o que é e como é essa doença, a fim de perderem esse medo e saberem se prevenir e cuidar dos seus semelhantes também. Estou a disposição de todos interessados, aqui em Curitiba, e ajudar no que me for possível para que, juntos, erradicarmos esse mal terrível”, finalizou Germano Traple.

 
Justa HomenagemPinhais (região metropolitana de Curitiba) passou a contar com mais um equipamento público. Trata-se do novo CCA-“Centro de Controle de Agravos Dr. Germano Traple” inaugurado no dia 31/10/2013.
O espaço é um local de referência no atendimento de doenças infecto parasitárias e de interesse epidemiológico voltado ao município, como a tuberculose, hanseníase (lepra), hepatites virais, HIV, entre outras.
Durante a solenidade de inauguração, a secretária de Saúde de Pinhais, Vilma Serra afirmou que há um empenho muito grande por parte da administração municipal, no sentido de solucionar as demandas na área da saúde local. Estiveram presentes no evento, servidores da Secretaria Municipal da Saúde, a vice-prefeita, Marli Paulino, do Legislativo Municipal, o presidente da Casa, Gilberto Hartkopf, Jane Carteira, Oswaldo da Igreja, Márcia Ferreira, Rosa Maria, Silvio Star e Airton Passarinho. Também marcaram presença o presidente do Pinhais Previdência, Marcio Reszko, os alunos do Colégio Arnaldo Busato, que fica próximo ao CCA, além da Banda Amitaba, que se apresentou. O pastor Aislan Westphal e o padre Arlindo fizeram uma benção aos participantes e ao local. O engenheiro Marcos Vinicius representou o secretário de Obras Públicas, Mario Stier, e a equipe responsável pela obra.



Homenagem - O local recebeu o nome “Centro de Controle de Agravos Dr. Germano Traple” em homenagem ao médico paranaense que foi precursor da prevenção da incapacidade física causada pela Hanseníase. Ele difundiu no Brasil as técnicas de prevenção e reabilitação em hanseníase e foi reconhecido nacional e internacionalmente pelo seu trabalho. A família do médico esteve presente e recebeu uma singela homenagem por tudo que o renomado profissional representou na área da saúde brasileira.
Também como forma de homenagear o Dr. Germano Traple e seus familiares, a presidente do Conselho Municipal de Saúde de Piraquara e ex-paciente do médico, Francisca Barros da Silva, fez um relato emocionado sobre a “forma humanizada com que o Dr. Germano atendia a todos que recorriam aos seus cuidados”. 



Wille Bathke Jr
de Curitiba-PR

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