“Eu lí os fatos violentos narrados, aqui pela
dona Amelinha (Amelia de Almeida Hruschka) e, uma dessas mortes citadas pela
querida e guerreira amiga, eu e minha família testemunhamos”.
"Era Natal pouco antes
da Missa do Galo - meia-noite - na igrejinha de madeira dedicada a São José, padroeiro de Campo Mourão - PR.
Uma família (seis pessoas) do Barreiro das
Frutas subia calmamente pela Rua Brasil, andando em direção à igreja e, justamente, quando passava
em frente à nossa casa e comércio (Casa Guaíra) um homem a cavalo, que vinha logo atrás, disparou seis tiros só no
pai da família, que morreu ali mesmo. Por sorte ou milagre a esposa e filhos não foram atingidos. Os tiros foram a queima-roupa.
Nós dormíamos atrás, no fundo do
sobrado, e acordamos com o barulho dos estampidos, a gritaria da família e as vozes do povo curioso que
acorreu ao local. A igreja esvaziou. Pouco depois os fiéis voltaram e a tradicional missa católica foi celebrada, com ligeiro atraso.
Mas papai (Antonio Silveira) não deixou minhas irmãs Dorinha, Verinha e nem eu, sair dos quartos para ver o acontecido, porque poderia sair mais tiros e era perigoso atingir a gente, conforme ele nos alertou.
Mas papai (Antonio Silveira) não deixou minhas irmãs Dorinha, Verinha e nem eu, sair dos quartos para ver o acontecido, porque poderia sair mais tiros e era perigoso atingir a gente, conforme ele nos alertou.
Naquele tempo, fatos como esse eram comuns em Campo Mourão.
Antonio Toledo Silveira e Isolde Collodel Silveira
pioneiro de Campo Mourão casados em julho de 1943
Lembro-me bem que os fregueses da
Casa Guaíra, enquanto faziam compras, comentavam e contavam muitas ocorrências
entre posseiros de terra e jagunços e, que, por trás sempre tinha um ‘coronel’
rico e mandante, mas seu nome não aparecia nos assassinatos, só sabia-se quem
era ele quando escriturava e registrava o lote em seu nome, adquirido a preço
de sangue, de vidas transformadas em mortes e famílias destruídas pela violenta ganância e desamor ao próximo” - concluiu Valkiria que chegou menina em Campo Mourão, nos anos 50, testemunha de muitos fatos históricos da cidade e da região.
Galeria de Fotos
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A Menina Valkiria em 3 Tempos
Valkiria Turci homenageada em Campo Mourão
40 Anos da Fecilcam
Vakiria Turci
Valkiria e a neta Sabrina
Valkiria e o marido Silvio Turci
Valkiria com a Mãe Izolde
Minha companheirinha
Valkiria Turci no Paraíso
Valkiria Turci beleza ímpar
Sabrina neta de Valkiria
Valkiria Turci um brinde à Vida!
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