06/07/2012

Pomerânia lá, Pomerode aqui...

 

Os Bathke, Batdke, Battke e Batke vêm da Pomerânia


 
Brasão da Pomerânia Ocidental 

Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, ou Graciosa Terra dos Cornos - em Alemão - é um dos dezesseis estados federados da Alemanha. Com 24.000.000m² de extensão territorial e 24.000.000 de habitantes é um país alegre e de clima ameno, que se destaca pela produção de pó de chifre de alta densidade e perde apenas para a campeã mundial, a Cornoália, região do Leste Europeu.
O brasão da Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental deixa bem claro a vocação do seu belo povo. Os dois bois-da-cara-preta blasé simbolizam a expressão dos homens quando chegam em casa após um duro dia de trabalho: olhos estúpidos ante a dureza do existir e de um mercado cada vez mais competitivo (que o obriga a ficar horas e horas no serviço dando serão), com a língua de fora em sinal de cansaço. A coroa representa a imagem do corajoso chefe da família e o belo par de chifres em homenagem à condição dos homens do lugar. A cor preta – uma vez que se trata de um povo ariano – significa a raiva contida do homem civilizado, ou do “corno manso” segundo o historiador indú Zedha Tapioccha. O fundo amarelo é justamente o contraponto a esse estado alterado e brutal do espírito: o medo de brigar com a esposa. Os dois grifos (dragões) vermelhos mostram a mulher em suas duas principais condições: de frente e de lado. A cor vermelha dos grifos mostra o ódio da mulher toda vez que ela pede dinheiro ao marido para comprar comida e ele diz, travado de vodca: “eus minhos dfoi sfgfigu sldiofgis sldl dofi os fdafa do ogs…” 

Pomerânia ao pé da letra 
(em polonês Pomorze; em alemão Pommern; em latim Pomerania ou Pomorania; em pomerano, Pommerland) é uma região histórica e geográficamente situada ao norte da Polônia e da Alemanha na costa sul do Mar Báltico, entre as duas margens dos rios VístulaOdra  e Recknitz a oeste.
A primeira menção da Pomerânia remonta do latim "longum mare" ( "ao longo do mar") encontrada em um documento papal escrito por volta de 1080, o Dagome iudex, uma cópia abreviada de um documento supostamente escrito no ano de 992. O registro comenta uma certa Oda von Haldensleben e seu esposo "Dagome", assumidamente um governante polonês chamado Mieszko I, e se refere a um território designado por "Dagome" ao papa.
Um documento imperial datado em 1046 menciona por primeira vez o termo "Pomerânia", referindo-se a "Zemuzil dux Bomeranorum" (Siemomysl, duque dos pomeranos). Daí em diante a "Pomerânia" é mencionada repetidamente nas crônicas de Adam von Bremen e Gallus Anonymous.

 

A história da região é rica e variada por ter permanecido sob o domínio de diferentes potências ao longo dos séculos.
De 1186 a 1806 esteve sob o domínio do Sacro Império Romano-Germânico. Com a dissolução deste império em 1806 por Napoleão Bonaparte, a Pomerânia tornou-se parte do Reino da Prússia e depois do Império Alemão.
A partir de então mais de 330 mil pomeranos emigraram rumo aos Estados Unidos e muitos encontraram refúgio no Brasil.
A primeira dinastia de duques chamava-se os Grifos, em alemão "Greifen", em polonês "Grifici". Eles eram quase sempre vassalos do Sacro Império Romano-Germânico e, só por pouco tempo, ficaram vassalos do rei da Polônia. A dinastia reinou do século XI ao século XII, até 1637, quando morreu o último duque sem deixar filho herdeiro. Quem herdou o trono foi seu cunhado, o duque do estado alemão Brandenburgo, da dinastia Hohenzollern. A família obteve assim dois ducados, e pouco depois herdou ainda o ducado da Prússia. Dessa maneira formou-se, sob o título Prússia, um Estado enorme e poderoso de três ducados. O duque ganhou o direito de ser chamado rei, mas a Pomerânia virou província.
Depois do fim do Sacro Império Romano-Germânico, com as  derrotas de  Napoleão em 1806, a Prússia tornou-se um país independente até a fundação do Império Alemão, em 1871, quando a Prússia voltou a ser um estado e seu soberano nominado imperador da Alemanha.
Depois da derrota alemã, na Segunda Guerra Mundial, toda a Pomerânia ficou sob controle militar soviético e a fronteira polonesa-alemã foi deslocada para oeste de certa forma que Pomerânia ficou dividida na linha Oder-Neisse entre a Polônia e a zona alemã sob administração soviética, que virou mais tarde a república comunista Alemanha Oriental.
A população alemã, dos territórios a leste da nova linha de fronteira, foi quase completamente expulsa e a área foi repovoada, primariamente com poloneses (alguns expulsos de Kresy) pelos russos e ucranianos de ascendência polonesa. Do lado polonês, a Pomerânia foi dividida em três voivodias (províncias): Pomerânia Ocidental (em polonês Zachodniopomorskie), capital Estetino (em alemão Stettin, em polonês Szczecin),  a Pomerânia (Pomorskie) com a capital Gdańsk (Danzig em alemão) e Pomerânia-Kujawsko (Kujawsko-Pomorskie).
Na Alemanha Oriental todos os estados foram dissolvidos, mas depois da reunião da Alemanha os antigos estados foram restabelecidos. 
Sendo o resto da Pomerânia relativamente pequeno, ele foi reunido como estado com o nome Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental.

 
A Pomerânia atualmente: 
Alemanha à esquerda e Polônia à direita

A Pomerânia teve suas condições políticas diversas vezes alteradas durante a formação do Estado Alemão. Ela compreende uma faixa de terra que se estende ao norte da Polônia, ao longo do Mar Báltico e se prolonga Alemanha adentro na região de Mecklenburgo. 
A partir do século XII, toda a região foi aberta à migração alemã, em razão da germanização do país. Devido a essa e outras aberturas os pomeranos se constituem por uma mistura de germanos com eslavos, oriundos de regiões antigamente ocupadas pelos Celtas.
No século XVIII, os pomeranos se concentravam em uma província da Prússia. 
No século XIX, o regime czarista, que ocupava a Prússia, na tentativa de russificar à força bruta os poloneses e os demais povos que estavam no território, obrigou a emigração de centenas de milhares de pomeranos. Alguns se refugiaram na Alemanha e muitos procuraram outros países. Os que ficaram se miscigenaram rapidamente a fim de evitar perseguições e mortes.
Além das perseguições sofridas, os motivos que fizeram os pomeranos emigrar foram: a pobreza e a falta de terra, problema agravado por uma lei que estipulava que a distribuição de terra por herança teria como beneficiário apenas o filho primogênito. Aos demais restava a possibilidade de se empregar em grandes propriedades ou emigrar, opção adotada pela maioria.
Em razão disso, a busca por um pedaço de terra era o grande chamariz para estes alemães.
Em 1919, a Pomerânia foi anexada pela Polônia e assim permaneceu até 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, quando foi tomada pela Alemanha. Com o fim da Segunda Guerra, seu território foi dividido entre a Alemanha e a Polônia. 


Pomeranos-brasileiros
Em 1861, algumas famílias vindas da Província da Pomerânia, no norte da Alemanha, chegaram ao Médio Vale do Itajaí e instalaram-se ao longo do rio do Texto, dando origem ao município. 
Desmembrada de Blumenau em 1959, Pomerode mantém o fascínio de uma pequena comunidade e a forte influência alemã em seus costumes - a dedicação ao trabalho, o respeito à fé religiosa, a arquitetura enxaimel, as sociedades de caça e de tiro, as danças folclóricas, as bandinhas e delícias culinárias que só são encontradas na cidade. 
A maior prova de apego às tradições da terra natal é sentido no uso freqüente do idioma alemão pela maioria dos moradores e por manterem como feriado o dia posterior à Páscoa e o Natal, como é costume na Alemanha.

Pomerode/SC uma Alemanha brasileira

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Situada no Vale Europeu, em SC, Pomerode é um belo lugar para se viver e visitar. 
Tida, desde a década de 1980, como a cidade mais alemã do Brasil, possui um vasto patrimônio cultural herdado dos seus primeiros colonizadores, que chegaram à região por volta de 1860, vindos em sua maioria da Pomerânia, região ao norte da Alemanha. Mais de um século se passou e a tradição germânica ainda faz parte do cotidiano da sua comunidade de cerca de 27 mil habitantes. A cultura e os costumes, de geração a geração, são vistos desde os jardins floridos à arquitetura de ruas e casas, à vocação industrial da economia e a forte religiosidade das famílias.
O legado dos imigrantes também está vivo nos 16 clubes de caça e tiro, dos grupos folclóricos musicais e dos eventos típicos, como a Festa Pomerana, as celebrações tradicionais de Páscoa e o aconchegante festival de inverno.
Famosa por abrigar atrações como o primeiro zoológico de SC,  a cidade conta com museus, restaurantes e confeitarias de alta qualidade, charmosas pousadas e um recém-inaugurado teatro municipal, que oferece ampla programação com apresentações teatrais, musicais e danças.
Aliado à beleza de suas paisagens bucólicas, à preservação do uso da língua alemã e dos costumes religiosos, ao patrimônio histórico e ao artesanato representativo, são vários os motivos que fazem de Pomerode uma referência no mapa do turismo étnico-cultural nacional.
Muitos pomeranos emigraram para o Brasil durante o século XIX, e hoje seus descendentes são parcela considerável em Santa Catarina (cerca de 300 mil em 2006) em especial na cidade de Pomerode, onde lutam para preservar sua cultura e a língua pomerana.

Onde ?
Pomerode fica a 32km de Blumenau pela rodovia SC-418. Acesso aéreo pelo Aeroporto Quero-Quero, em Blumenau. Para quem vem do norte e não se importa em dirigir numa estrada sinuosa, o acesso é pela rodovia SC-416, a partir de Jaraguá do Sul.


Bandeira e Brasão de Vila Pavão-ES 

 Os municípios de Santa Maria de Jetibá e Vila Pavão são reconhecidos como os municípios que mais preservam a cultura pomerana e, além destes municípios capixabas, outro grande ponto desta cultura e que também a mantém, é o município de Laranja da TerraEm escala menor a cultura é presente nos municípios de: Afonso Cláudio e Domingos Martins que mantêm considerável quantidade de descendentes, muitos dos quais conservam a língua pomerana.
No Espírito Santo estima-se uma população de 120 mil descendentes de pomeranos, a maior concentração depois da de Santa Catarina, descendentes dos cerca de 2.000 imigrantes que chegaram ao ES no fim do século XIX é, até hoje, a região que mais preserva traços culturuais da Pomerânia, no Brasil.

 
segundo Rubens Bathke de Campo Mourão

 
Apresentação no Jubileu de Ouro de Campo Mourão

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