07/05/2011

Munhoz da Rocha é praça em Campo Mourão




Caetano Munhoz da Rocha nasceu em Antonina, a 14 de maio de 1879, filho de Bento Rocha e Maria Leocádia Munhoz Carneiro. Estudou nos Colégios Parthenon Paranaense e Arthur Loyola (Curitiba), Colégio São Luiz (Itu). Formou-se em 1902 na Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro. Em 1903 iniciou sua profissão de médico em Paranaguá onde casou com Olga de Souza,dia 14 de fevereiro. Trabalhou na Santa Casa de Misericórdia até 1905. Mais tarde foi seu Provedor e trabalhou na Inspetoria de Saúde dos Portos. Contemporâneo do erudito compositor Villa Lobos

1904 - filiado ao Partido Republicano – PR, foi candidato e se elegeu ao Congresso Legislativo do Paraná (hoje assembléia). Foi reeleito e se manteve na Casa até 1917.

1908 - A legislação eleitoral permitia o acúmulo de funções políticas e foi eleito e reeleito Prefeito de Paranaguá, mas não terminou o segundo mandato, renunciou e mudo-use, definitivamente, à Curitiba.

1915 - Enquanto Prefeito de Paranaguá, Caetano Munhoz realizou obras importantes: rede de água e esgotos, mercado municipal, praças, alargou ruas e ligou a cidade ao Porto D. Pedro II. Foi quando o PR o convocou afim de compor a chapa de 1º vice-presidente, do candidato ao governo, Affonso Camargo.

Obras de Caetano Munhoz em Paranaguá - Escola Normal

1916 – Eleitos, Affonso e Caetano tiveram mandato de 1916 a 1920. Caetano foi, ao mesmo tempo, de Secretário da Fazenda, Agricultura e Obras Públicas. Exerceu a presidência do Estado durante a celebração do Acordo de 1916, que tratou da questão do Contestado, guerra por divisas territoriais entre Paraná e Santa Catarina.

1920 – Na eleição seguinte foi candidato único à presidência do Paraná e sucedeu Affonso Camargo. Governou o Estado de 1920-1924. Ao assumir os destinos do Paraná deparou-se com crises e dívidas financeiras que quitou no primeiro ano de mandato. Terminou a gestão com saldo positivo e muito dinheiro em caixa. Na qualidade de médico, seus projetos foram mais focados às escolas de alfabetização, na instrução pública, higiene e assistência social. Dedicou atenções especiais ao ensino profissionalizante e abrigos aos menores abandonados.


Fundou o Instituto de Educação em Curitiba destinado a formação de professores (as). Ampliou o projeto definitivo de ampliação das redes de água e esgoto da capital. Criou o Serviço de Assistência à Infância, o Juizado de Menores; o Asilo de Velhos, o Sanatório de Tuberculose e o Leprosário


1921 - Sua esposa faleceu dia 29 de janeiro. Contraiu novo casamento dia 8 de dezembro do mesmo ano, com Domitila Almeida. Enviuvou novamente e, pela terceira vez, casou com Silvia Lacerda Braga, dia 19 de janeiro de 1924, na cidade da Lapa-PR. Somando a prole dos três casamentos, Caetano Munhoz foi pai de 21 filhos, dentre eles, Bento Munhoz da Rocha, o mais famoso.

1925 - Quase ao término do seu mandato o Congresso Legislativo do Paraná arquitetou – a pedido de Caetano - uma reforma constitucional que lhe permitisse a reeleição que fora proibida pela Carta de 07 de abril de 1892. A reforma foi aprovada contra a vontade do presidente do Partido Republicano Affonso Camargo, Visivelmente decepcionado, Affonso criticou: ‘A política é a arte de engolir espadas!”
Dessa forma, sem adversários, Caetano foi eleito e governou o Paraná por mais quatro anos e, nesta gestão, determinou a construção do cais e o Porto de Paranaguá, obras que foram concluídas, anos depois, no governo ditatorial de Manoel Ribas, em 1934..


Porto de Paranaguá iniciativa de Caetano Munhoz da Rocha que tem uma praça com seu nome em Campo Mourão (Praça do Fórum)

Hino e bandeira - Durante as comemorações do 1º Centenário da Independência do Brasil, Caetano Munhoz extinguiu o Hino e a Bandeira do Paraná. Disse que: ‘não por motivos de caráter estético ou incoerências heráldicas, mas como inspiração do unitarismo político.” Esses símbolos foram resgatados mais tarde, pelo governador Moysés Lupion, em 1950.

1926 - Um dos episódios mais rumorosos deu-se no seu segundo período de governo de Caetano Munhoz. Católico fervoroso, ao se criarem dois Bispados no Paraná, autorizou que as despesas da implantação fossem por conta do seu governo.


Catedral Metropitna de Curitiba era assim quando da polêmica dos bispados

Mas, um grupo de intelectuais, do qual faziam parte: Dario Vellozo, Flavio Luz, Lins e Vasconcellos, Julio César Hauer e Luiz Lenz Araújo César, protestou através de telegrama enviado ao presidente da República. Argumentaram que essa medida, do governante paranaense, violava a Constituição por subvencionar, com recursos do Estado, a uma entidade religiosa. O grupo foi processado e condenado a um ano de prisão. Os setenciados recorreram entraram com um Hábeas Corpus acatado pelo Tribunal de Justiça, que anulou o processo de 1ª instância. Foram todos absolvidos.


1928 - Affonso Camargo era senador e candidatou-se ao governo do Paraná, enquanto Caetano Munhoz foi eleito ao Senado e ocupou a vaga deixada por Affonso, mas deixou o mandato por força da ditadura de Getúlio Vatgas, em 1930, que o convidou e aceitou o cargo de presidente do Departamento Administrativo do Paraná. Caetano era rompido com o presidente Washington Luiz - deposto pela ditadura getulista - por causa da política do café que afetava o Paraná.

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Getúlio Vargas e seus comandados

Caetano Munhoz da Rocha faleceu em Curitiba, no clamor da II Guerra Mundial, dia 23 de Abril de 1944.


Estação Ferroviária e Palácio Avenida, em Curitiba
desde o tempo de Caetano Munhoz da Rocha

 
Painéis e Hotel Guaraní - Curitiba

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