Rosalino Mansueto
Salvadori, filho
de João Batista Salvadori e Plácida Emília Salvadori nasceu em Cruz Alta (RS)
dia 7 de dezembro de 1925 e faleceu, coincidentemente, dia 7 de dezembro
de 2008, aos exatos 83 anos de idade, em Campo Mourão/PR.
1949 – Dia 12 de outubro (data do descobrimento da América), casou com Adelaide Salvadori e desta união nasceram Gérson e Ody.
1949 – Dia 12 de outubro (data do descobrimento da América), casou com Adelaide Salvadori e desta união nasceram Gérson e Ody.
1953 - Chegou a Campo Mourão juntamente com seu pai e os irmãos: Amabile, Jacob Claudino, Ernesto, Dante, Neville, Irene e Quinto. Pesquisaram, gostaram do lugar pouco povoado, com vasta floresta de pinheiros entremeada de árvores nobres e adquiriram terra tanto na área urbana como no sertão. Menos de um ano depois construíram suas residências, montaram serraria e iniciaram atividades extrativistas e vendas no ramo madeireiro, com Rosalino constituindo sua própria empresa com depósito e venda de madeiras brutas e beneficiadas próxima ao antigo Almoxarifado da Prefeitura, a qual persistiu até o término súbito de sua laboriosa vida.
Rosalino Salvadori, Ney Braga e Augustinho Vecchi
Em 1963, a convite de amigos e políticos locais – pela sua visão de futuro e tino administrativo - candidatou-se
a vereador pelo PDC – Partido Democrata Cristão – e obteve a maior votação no pleito municipal de 1963, com 571
sufrágios. Tomou posse na 5ª Legislatura de Campo Mourão
-1963/1969. “Me elegi vereador, mas
nunca imaginei ser prefeito” - declarou, Pertenceu ao mesmo
partido do então governador Ney Braga e do seu sucessor na Prefeitura,
Augustinho Vecchi.
5ª LEGISLATURA: (1964 -1968)
Rosalino Mansueto Salvadori, 571 Votos - PDC
Alfonso Germano Hruschka, 511 Votos - PTB
Augustinho Vecchi, 481 Votos - PDC
Ephigênio José Carneiro, 508 Votos - PDC
Fioravante João Ferri, 341 Votos - PSD
Getúlio Ferrari, 335 Votos – PTB
José Barbosa Da Silva, 286 Votos – UDN
José Costa Maria, 465 Votos - PTB
Sílvio Legnani, 264 Votos - UDN
Zamir José Teixeira, 401 Votos – PDC
Suplentes que assumiram:
Arthur Rodrigues Tramujas Filho.
Augusto de Oliveira Carneiro.
Clementino Farago Filho.
Francisco Irineu Brzezinski.
Jayme Francisco Tagliari.
João Teodoro de Oliveira Sobrinho.
Milton de Paula Walter.
Em 18/03/64, foi criado pela Emenda
Constitucional nº. 6/64, o cargo de Vice-Prefeito. Foi indicado o nome de
Horácio Amaral, pelo Vereador Zamir José Teixeira, e o nome do Vereador
Rosalino Salvadori, pelo Vereador Augustinho Vecchi, para disputarem o
cargo de Vice-Prefeito. Realizada a votação, havendo empate de 5 a 5,
consultado o TRE foi escolhido Rosalino Salvadori, para
assumir o cargo dia 01/05/64 por ser mais idoso.
Em 28/04/67, o então Prefeito Milton Luiz Pereira, renunciou a função de Prefeito, para assumir o cargo de
Juiz Federal Substituto do Paraná, conforme Ato da Presidência da República,
publicado no Diário Oficial da União dia 13/03/67. Assumindo em
seu lugar o Vice-Prefeito Rosalino Salvadori, após o qual, assumiu Augustinho
Vecchi que completou o mandato.
1966 – Assumiu a presidência da recém fundada Codusa – Companhia de Desenvolvimento Urbano S/A, mista de de capital aberto, vinculada ao Município. Sua finalidade sempre foi a de executar obras de infra-estrutura (asfalto, esgoto e meio-fio), utilizando matéria prima básica (brita) extraída da Pedreira Municipal (à esquerda da estrada do Barreiro das Frutas) sem ônus além da mão-de-obra contratada. A Codusa também prestava serviços a outros municípios com custo por metro quadrado de pavimentação, tido o menor do Estado do Paraná e, mesmo assim, obtinha lucro financeiro no balanço anual que revertia em equipamentos, máquinas novas apropriadas e mais vias públicas pavimentadas com asfalto usinado longa-vida de primeira qualidade, o mesmo utilizado em rodovias. Desta forma, a prefeitura de Campo Mourão nunca precisou terceirizar obras para este fim, com grande economia aos cofres municipais. A maioria das avenidas e ruas, principalmente no amplo quadrilátero central da cidade asfaltado pela Codusa que, até os dias atuais, permanece intacto, sem problemas de rachaduras, buracos ou precisão de recapeamento.
Deu início à construção do Mercado Municipal e inaugurou a moderna Estação Rodoviária anexa ao lado da praça Getulio Vargas, iniciada no governo de Milton Luiz Pereira, edificada
pela Codusa, projeto do competente engenheiro Elio Rodrigues de
Matos.
Eleito vice-prefeito pela Câmara, assumiu quando o titular do cargo, Milton Luiz Pereira, renunciou a fim de assumir função de Juiz Federal. Porém Rosalino não ficou até o final. Renunciou alegando problemas de saúde e assumiu Augustinho Vecchi que era presidente do Poder Legislativo.
Enquanto prefeito, sucessor de Milton Luiz Pereira, teve como importante aliada, a primeira-dama, senhora Adelaide Salvadori e o primeiro bispo da diocese de Campo Mourão, D. Eliseu Simões Mendes. Tanto ela como o bispo dedicaram-se com afinco às obras sociais, à valorização da mulher e à profissionalização de jovens através das fundações do Centro Social do Lar Paraná, Associação de Proteção à Maternidade e à Infância – APMI e Clubes de Mães nos bairros com ajuda de mulheres voluntárias da sociedade mourãoense.
Eleito vice-prefeito pela Câmara, assumiu quando o titular do cargo, Milton Luiz Pereira, renunciou a fim de assumir função de Juiz Federal. Porém Rosalino não ficou até o final. Renunciou alegando problemas de saúde e assumiu Augustinho Vecchi que era presidente do Poder Legislativo.
Enquanto prefeito, sucessor de Milton Luiz Pereira, teve como importante aliada, a primeira-dama, senhora Adelaide Salvadori e o primeiro bispo da diocese de Campo Mourão, D. Eliseu Simões Mendes. Tanto ela como o bispo dedicaram-se com afinco às obras sociais, à valorização da mulher e à profissionalização de jovens através das fundações do Centro Social do Lar Paraná, Associação de Proteção à Maternidade e à Infância – APMI e Clubes de Mães nos bairros com ajuda de mulheres voluntárias da sociedade mourãoense.
Presidiu a
Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão na gestão 1969/1970. Atuou no ramo de comércio
de equipamentos agrícolas e na agropecuária.
Exerceu, a convite do prefeito José Pochapski, a presidência da Fundação
Educacional de Campo Mourão — FUCAM entre 1983/1988.
Com o fim da madeira nativa, nas fazendas que
teve, plantou soja e criou gado. Expandiu seus negócios no Paraguai e Mato Grosso.
Foi incentivador e sócio fundador da – Coamo.
Frente o crescente progresso das lavouras instalou a Comércio de Máquinas Agrícolas – Comasa em sociedade com seus irmãos, empresa dedicada à revenda de tratores, implementos e acessórios para máquinas pesadas. A empresa, que já não tinha o mesmo nome da montada com o pai existiu até o fim de sua vida.
Foi incentivador e sócio fundador da – Coamo.
Frente o crescente progresso das lavouras instalou a Comércio de Máquinas Agrícolas – Comasa em sociedade com seus irmãos, empresa dedicada à revenda de tratores, implementos e acessórios para máquinas pesadas. A empresa, que já não tinha o mesmo nome da montada com o pai existiu até o fim de sua vida.
Renúncia - Tendo em vista a renúncia de Milton Luiz
Pereira, dia 28 de abril de 1967, tomou posse no cargo de prefeito de Campo
Mourão em 29 de abril, mandato concluído em 7 de fevereiro de 1968. Renunciou por problemas de saúde, ensejando a posse do presidente do
legislativo, Augustinho Vecchi. Em resumo foram três prefeitos durante este mandato eletivo, o quinto na história política de Campo Mourão, a exemplo do que se sucedeu na primeira Legislatura.
Na sessão de 6 de abril, o
presidente Rosalino Salvadori solicitou licença até 11 de maio de 1964
para tratamento da sua saúde.
Adelaide e Rosalino Salvadori em Campo Mourão
Um mês antes do derradeiro aniversário foi
hospitalizado ao ser acometido por um derrame do qual se recuperou e
retornou ao aconchego da sua casa, justamente para comemorar mais um
aniversário e – sem saber - realizar seu último desejo: almoçou com a família,
comeu cabrito assado como queria e gostava, bebeu vinho e foi tirar um cochilo
como de hábito fazia. Mas não resistiu ao segundo infarto e não mais acordou. Faleceu domingo
a tarde, dia 7 de dezembro de 2008, aos 83 anos. Deixou esposa, um casal de filhos, seis netos e um bisneto.
Rosalino Mansueto Salvadori está sepultado no Cemitério Municipal São Judas Tadeu, campo santo de Campo Mourão/PR.
1º Vice - “No tempo do Castelo Branco (regime militar) inventaram a função de vice-prefeito para trabalhar junto com o prefeito Milton Luiz Pereira e os vereadores empataram na votação (5 x 5). O Rosalino foi eleito porque era o mais velho de todos. Ele ficou pouco tempo. Logo teve que se licenciar para tratar da saúde, mas mesmo assim, depois, como presidente da Codusa fez muito asfalto na cidade e se empenhou nas construções do Mercado Municipal e da rodoviária, ali na praça. Ele também começou um movimento para instalar uma Faculdade em Campo Mourão. Na época a ideia não vingou, mas depois deu resultado e saiu a Facilcam – Faculdade de Ciências e Letras de Campo Mourão”.
A primeira-dama - “Quando ele foi prefeito me uni ao
Dom Eliseu e fizemos muitas obras voltadas à pobreza. Cuidamos das gestantes,
treinamos moças e mulheres para o trabalho e creches para as crianças carentes.
Nas campanhas que a gente fazia, com ajuda das empresas, a primeira que eu ia
era no Rosalino porque ele encabeçava a lista com uma boa quantia. Daí os
outros benfeitores viam e ficavam com vergonha de dar menos e com isso quem
ganhava eram as pessoas que nós ajudávamos, com trabalho sério” – revelou feliz.
Adelaíde Salvadori
faz revelações
Com 92 anos, a ex-primeira-dama,
Adelaide Salvadori, esposa do ex-vereador, primeiro vice-prefeito e prefeito em
exercício de Campo Mourão, Rosalino Salvadori, em tom jovial e irradiando alegria, nos conta
algumas passagens interessantes e até hilárias, desde a sua chegada na Campina
da Lizeta, município de Luiziana/PR local ermo no qual seu sogro e seu esposo, Rosalino
Salvadori, pesquisaram, gostaram e titularam área de terra de imenso
pinheiral. Pai e filho eram do ramo de
serraria no Rio Grande do Sul. Venderam a fazendinha e mudaram-se para a Campina da Lizeta que, então, pertencia a Campo Mourão.faz revelações
1953 – "Meu marido deixou eu grávida da Ody (nasceu em Campo
Mourão) e o Gerson com quase dois anos lá no sul, e veio. Montaram a serraria. Sofreram a
falta de recursos no começo sem esmorecer e se deram bem. Em seguida vieram os
irmãos e primos e eu. O sonho do meu sogro era dar uma vida melhor à família, e
conseguiu”.
Eu chorei - “Quando mudamos para Campo Mourão
de vez, moramos em casa alugada que foi quitanda na avenida que ainda tinha muita gabirobinha e quando passava de carro elas faziam um barulhinho, esmagadas; as portas da casa eram para a rua. Eu quase desanimei de ficar. Não tinha conforto e faltava de
quase tudo no comércio. Nada parava limpo por causa da terra vermelha,
poeirenta, pegajosa e fazia muito calor, igual até hoje, diferente lá do sul.
Sujeira - Um dia deu um vento muito forte e levantou bastante poeira por tudo. Eu tinha arrumado a cama e cobri com colcha branca. Fechei bem as janelas e porta, fui até a cozinha, mas quando voltei no quarto chorei. A colcha branquinha estava cheia de poeira. Quando ergui, aquele pó caiu e fez um risco em cima da cama. Reclamei, não parava de chorar. Queria ir embora. O Rosalino pediu paciência. Falei que o lugar também não tinha estudos para as crianças. Então ele previu que: "em quatro ou cinco anos vamos estar bem, daí mudamos”. Prosperamos, mas não mudamos. A cidade cresceu e melhorou. A gente acaba se acostumando” - diz sorrindo.
Sujeira - Um dia deu um vento muito forte e levantou bastante poeira por tudo. Eu tinha arrumado a cama e cobri com colcha branca. Fechei bem as janelas e porta, fui até a cozinha, mas quando voltei no quarto chorei. A colcha branquinha estava cheia de poeira. Quando ergui, aquele pó caiu e fez um risco em cima da cama. Reclamei, não parava de chorar. Queria ir embora. O Rosalino pediu paciência. Falei que o lugar também não tinha estudos para as crianças. Então ele previu que: "em quatro ou cinco anos vamos estar bem, daí mudamos”. Prosperamos, mas não mudamos. A cidade cresceu e melhorou. A gente acaba se acostumando” - diz sorrindo.
O Jeep -”Quando ele viajava, eu cuidava
dos nossos negócios. Logo tínhamos depósito e muita madeira serrada aqui no Campo e
filiais em Cascavel e Mamborê. Carregava na média de dois caminhões todo dia. Ele me deu um jipe sem eu saber
dirigir. Tinha um menino na colônia da serraria, de uns 13 anos, ele sabia e me ensinou.
Quando eu errava ele até me dava bronca e eu nem ligava - (risos). O jipinho eu usava mais para
fazer compras, cuidar dos negócios e percorrer onde fosse preciso cuidar”.
Cabo eleitoral - “Quando saiu candidato a vereador
o marido da Amelinha também era. Sou amiga da família Hruschka deste aqueles
tempos quando ela chegou. Era professora, jovem, muito bonita. Nós duas combinamos de pedir votos
por todo lugar onde morasse eleitor, até na vila do sapo (rindo). Íamos de jeep, só que quando parava
cada uma pegava uma rua. Ela pedia para o Alfonso e eu para o Rosalino. Na
apuração dos votos deu Rosalino em primeiro e Alfonso em segundo. Quem tiver a Amelinha na campanha está bem servido. Ela é boa de voto, mesmo" - elogiou.
1º Vice - “No tempo do Castelo Branco (regime militar) inventaram a função de vice-prefeito para trabalhar junto com o prefeito Milton Luiz Pereira e os vereadores empataram na votação (5 x 5). O Rosalino foi eleito porque era o mais velho de todos. Ele ficou pouco tempo. Logo teve que se licenciar para tratar da saúde, mas mesmo assim, depois, como presidente da Codusa fez muito asfalto na cidade e se empenhou nas construções do Mercado Municipal e da rodoviária, ali na praça. Ele também começou um movimento para instalar uma Faculdade em Campo Mourão. Na época a ideia não vingou, mas depois deu resultado e saiu a Facilcam – Faculdade de Ciências e Letras de Campo Mourão”.
Gerson Costa da Rádio Colmeia e o bispo D. Eliseu
Doença - "Nos últimos tempos de casados ele
ficou doente. Fiz de tudo que podia. Cuidava dele dia e noite. Tinha vez que eu
nem dormia. Infelizmente morreu bem no dia do aniversário. Fiz um
almoço com tudo que ele gostava e reuni a família. Foi uma festa linda. Depois
do almoço ele costumava repousar um pouco. Deitou, adormeceu e não acordou mais. Desde que nos deixou, em 2008, assumi o seu lugar e os negócios da família".
Deu certo -"Sou feliz em Campo Mourão, não posso me queixar, além da saudade que sinto. Como ele previu, deu tudo certo, meus filhos e netos cresceram com bons estudos e estão todos formados e encaminhados na vida. Tem bastante escola e universidade aqui", registra.
.Deu certo -"Sou feliz em Campo Mourão, não posso me queixar, além da saudade que sinto. Como ele previu, deu tudo certo, meus filhos e netos cresceram com bons estudos e estão todos formados e encaminhados na vida. Tem bastante escola e universidade aqui", registra.
"Todo dia, da minha janela, aqui do alto do apartamento, vejo o Rio do Campo, a cidade que foi pequena e agora não para de
crescer. Está linda e gostosa de morar. Tem de tudo. Campo Mourão é minha
casa”. – concluiu Adelaide Salvadori.
Galeria de Fotos
Posse de Milton Luiz Pereira no Cine Plaza
ladeado por Ody Salvadori, Maria Edinar Castelli e Hains Ravache
Na escada da Prefeitura: Posse de Rosalino
Salvadori acompanhado de Milton L. Pereira, Eliseu S. Mendes e os vereadores: Fioravante J. Ferri, Ephigênio J. Carneiro, Augusto O. Carneiro,
Alfonso G. Hruschka, Zamir J. Teixeira e Getúlio Ferrari.
Rosalino, Milton, Doracy e Ephigenio 5/12/63
Juramento de Rosalino Salvadori
Posse como vice-prefeito
e despedida de Milton Luiz Pereira
Rosalino na Codusa
Adelaide perfeita anfitriã e bom papo - 2019
Adelaide Salvadori ama Campo Mourão
Vídeo Adelaide Salvadori Viva Voz - ouça.
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