28/06/2019

* Campo Mourão Minha Cidade!

  
Campo Mourão - PR
Eu amo tudo de minha cidade. 
E por amor aceito suas qualidades e  defeitos, suas vantagens e desvantagens. 
Gosto de escrever sobre ela, tentar passar minhas emoções, compartilhar fotos com outras pessoas, principalmente com as  que lhe dedicam idêntico amor.
Mas, escrever sobre ela é uma temeridade. É um teste de múltiplas escolhas. Posso errar. A memória pode me falhar, mas minhas amizades estão prontas a me encorajar e corrigir e sempre agradeço a 'santa ajuda'.
Do que escrever?
Escrever sobre a cidade dos nossos sonhos? Sobre a cidade surpresa? 
Sobre a saudade dela, aquela de antes? 
Sobre os sons, os cheiros da terra virgem, as cores da poeira, a sofisticação, os sotaques e hábitos da jovem cidade?
Para quem escrever? 
Para aqueles que também a amam porque: "Só quem ama é capaz de ouvir e entender as estrelas", como disse nosso Olavo Bilac, mesmo porque ninguém ama o que não conhece, digo eu.
Como escrever?
Com emoção, expressando sentimentos que "pego" no dia-a-dia? 
Com objetividade, apenas narrando direto ao ponto? 
Com orgulho de sua importância, seu progresso? 
Com saudades, mas não com triste saudosismo?
Não sei!... Sei lá, entende?!
-Vou deixar - não "ao correr da pena" - como dizia José de Alencar ao escrever suas crônicas, mas ao bailado dos meus dedos nas teclas do meu modesto PC. 
Não custa tentar! 
Vamos ver no que vai dar?

Obrigado Pai... 
Por me trazer à existência de um lugar tão maravilhoso, que avançou mas, ainda, de tanto futuro e progresso pela frente.
E se você também ama esta cidade, faça parte ativa da comunidade, das redes sociais que unem e aproximam as pessoas, além de formar novas amizades e postar notícias, dúvidas, rumores, fotos, mensagens e histórias dentre tantas outras coisas interessantes que preservam nossas preciosas memórias e mantem o passado presente.
A arte de ser feliz.
Houve um tempo em que minha janela se abria diretamente a uma cidadela que parecia ser feita de pó de giz marrom/vermelho. Não tinha ruas  com asfalto de piche negro. Era lama ou pó de terra forte. Era tudo de pau e madeira. "Mas com pó ou com lama, nós te ama".
Perto desta janela havia um pequeno jardim quase seco, esturricado. Era época de estiagem, de terra esfarelada e o jardim parecia morto. Porém todas as manhãs vinha alguém, creio que um anjo, com um balde e, em silêncio, ia borrifando,  com a mão, umas gotas de água sobre as plantas refrescando suas folhas e molhando suas raízes expostas.
Não era uma rega e, sim, uma espécie de aspersão ritual que dava vida ao jardim. Parecia milagre  sobreviverem. 

E eu olhava admirado para as plantas, via o homem em forma de anjo e entendi o milagre da vida e a importância da sábia Mãe Natureza.
As gotas cristalinas de água que caíam de seus dedos afilados deixavam meu coração completamente aliviado e feliz ao ver o verde voltar, intenso.
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Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro perfumado em flor trocando 'olhares' com a não menos bela Azaleia ou, com a ciumenta Adália, sem ser indiferente à rainha Rosa.
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Outras vezes, lá no alto, contemplo nuvens espessas, calmas, de várias formas. No repente um avião passa  bem alto deixando longos rastros  riscados de branco no céu azul.
Avisto crianças que passam e vão para a escola tagarelando e rindo. 
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O gato ali, com os olhos de apetite, fitando os pardais, agachado ao meu lado pronto para dar o bote. Mando ele ficar quieto. Nada de matar, mas ele não para da cabeça balançar!
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Borboletas brancas, amarelas, solitárias ou de bando parecem refletidas no espelho do ar, igual delicadas bailarinas a bailar sem parar.
Marimbondos, que sempre me parecem aviões de combate, imbatíveis, passam rápidos, zumbindo forte. 
E lá vem a grande  mamangava a procura do mel do maracujazeiro pousando pesada, nas suas flores delicadas e maravilhosas.
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Ás vezes, um galo canta. Longe! 
Me leva à infância quando visitava meus avós na roça e, na minha cidade que surgia, em todo rancho tinha galo, galinhas e ovos todo dia.
Deus é Bom 
Mas observo e acredito que tudo está certo, no seu lugar exato, cumprindo o seu destino traçado pelo Pai do Universo. E eu me sinto completamente feliz, na minha feliz cidade.
Duvidam

Porém quando falo dessas pequenas felicidades que estão diante de cada janela, uns dizem que: "essas coisas não existem", outros que: "só existem diante da tua, na minha não" e outros, finalmente falam que: "é preciso aprender a olhar, para poder vê-las" e é com estas últimas que concordo.
Pelas metades, não A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos e até ter um governo mais ou menos.
Podemos dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos e até ser obrigado a acreditar - mais ou menos - no futuro da cidade. 
A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos ou tudo bem, tudo certo?!
Sem meio termo
O que a gente não pode mesmo, de jeito nenhum, é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos e acreditar mais ou menos, senão  corre-se o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos, pela metade, com medo de encarar a realidade.
O que nunca devemos fazer, é nos acomodarmos, senão a vida ativa pára e a cidade estaciona enquanto outras só crescem e o povo a abandona. Creio piamente que ninguém gosta de ser mediano ou ser passado para trás. Pensamos grande.

Então, seja otimista, não pare e nem deixe parar. Campo Mourão precisa crescer mais e mais, a fim de nossos filhos, com segurança, abrigar!!!
 
"Eu amo minha cidade, de corpo inteiro"
Av. Índio Bandeira e Rua Sta Catarina.

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Campo Mourão 
Sempre no meu Coração

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